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Países da OCDE diminuem contribuição pela 1ª vez em 14 anos

A ajuda que os países da organização destinam ao desenvolvimento caiu 2,7% em 2011 com relação ao ano anterior

A Grécia, com uma queda de 39,3%, foi o país que mais diminuiu sua ajuda à OCDE; a Turquia, por outro lado, foi o que mais aumentou (38,2%) (Jean Ayissi/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2012 às 10h48.

Paris - A ajuda que os países da OCDE destinam ao desenvolvimento caiu 2,7% em 2011 com relação ao ano anterior, marcando seu primeiro retrocesso desde 1997, informou nesta quarta-feira a organização com sede em Paris.

A Espanha, com uma redução de 32,7%, e a Grécia, com uma queda de 39,3%, foram os países que mais diminuíram sua ajuda à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), em ambos como consequência dos cortes aplicados como resultado da crise econômica.

A ajuda conjunta dos países da OCDE representou US$ 135,5 bilhões, o que representa 0,31% de seu Produto Nacional Bruto (PNB).

O país que mais contribuiu em termos absolutos foram os Estados Unidos, com uma verba de US$ 30,7 bilhões, embora em termos relativos sua ajuda tenha diminuído 0,9% em relação a 2010.

A Turquia, por outro lado, foi o país que mais aumentou sua ajuda em 2011 (38,2%), seguida da Itália (33%), país no qual o aumento responde ao 'aumento dos perdões de dívida e ao aumento das chegadas de refugiados provenientes do norte da África', detalhou a OCDE.

O secretário-geral do organismo, o mexicano Ángel Gurría, elogiou 'os países que mantêm seus compromissos apesar dos duros planos de consolidação fiscal' porque 'mostram que a crise não deve ser utilizada como uma desculpa para reduzir as contribuições'.

A cooperação ao desenvolvimento não é a única via financeira de ajuda aos países mais desfavorecidos, mas 'estes duros tempos de crise significam também menos investimentos e menos exportações', acrescentou Gurría.

Entre os países que aumentaram sua contribuição estão Israel (14,9%), Nova Zelândia (10,7%), Suécia (10,5%), Suíça (13,2%) Alemanha (5,9%) e Coreia do Sul (5,8 %), enquanto entre os que mais recortaram sua contribuição aparecem Japão (10,8%), Noruega (8,3%), Islândia (18,2%), Áustria (14,3%), Bélgica (13,3%), França (5,6%) e Luxemburgo (5,4%).

'Os contínuos ajustes dos orçamentos dos países da OCDE exercerão pressão sobre os níveis de ajuda nos próximos anos', destacou a OCDE, lembrando que o objetivo das Nações Unidas é que a ajuda ao desenvolvimento dos países ricos alcance 0,7% de seu Produto Interno Bruto (PIB).

Os países que em 2011 superaram essa marca foram Dinamarca, Luxemburgo, Holanda, Noruega e Suécia, enquanto ficaram abaixo Grécia, Itália, Japão e Coreia, entre os grandes doadores, e República Tcheca, Estônia, Hungria Israel e Polônia, entre os menores contribuintes.

A ajuda destinada pelos 27 membros da União Europeia (UE) representou 54% do total e alcançou os US$ 73,6 bilhões, 0,42% de seu PNB, contra 0,44% registrado em 2010.

Por regiões, e segundo os dados preliminares da OCDE, a maior parte da ajuda recaiu na Ásia (US$ 38,65 bilhões), seguida da África (US$ 38 bilhões) e América (US$ 9,9 bilhões).

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Paris - A ajuda que os países da OCDE destinam ao desenvolvimento caiu 2,7% em 2011 com relação ao ano anterior, marcando seu primeiro retrocesso desde 1997, informou nesta quarta-feira a organização com sede em Paris.

A Espanha, com uma redução de 32,7%, e a Grécia, com uma queda de 39,3%, foram os países que mais diminuíram sua ajuda à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), em ambos como consequência dos cortes aplicados como resultado da crise econômica.

A ajuda conjunta dos países da OCDE representou US$ 135,5 bilhões, o que representa 0,31% de seu Produto Nacional Bruto (PNB).

O país que mais contribuiu em termos absolutos foram os Estados Unidos, com uma verba de US$ 30,7 bilhões, embora em termos relativos sua ajuda tenha diminuído 0,9% em relação a 2010.

A Turquia, por outro lado, foi o país que mais aumentou sua ajuda em 2011 (38,2%), seguida da Itália (33%), país no qual o aumento responde ao 'aumento dos perdões de dívida e ao aumento das chegadas de refugiados provenientes do norte da África', detalhou a OCDE.

O secretário-geral do organismo, o mexicano Ángel Gurría, elogiou 'os países que mantêm seus compromissos apesar dos duros planos de consolidação fiscal' porque 'mostram que a crise não deve ser utilizada como uma desculpa para reduzir as contribuições'.

A cooperação ao desenvolvimento não é a única via financeira de ajuda aos países mais desfavorecidos, mas 'estes duros tempos de crise significam também menos investimentos e menos exportações', acrescentou Gurría.

Entre os países que aumentaram sua contribuição estão Israel (14,9%), Nova Zelândia (10,7%), Suécia (10,5%), Suíça (13,2%) Alemanha (5,9%) e Coreia do Sul (5,8 %), enquanto entre os que mais recortaram sua contribuição aparecem Japão (10,8%), Noruega (8,3%), Islândia (18,2%), Áustria (14,3%), Bélgica (13,3%), França (5,6%) e Luxemburgo (5,4%).

'Os contínuos ajustes dos orçamentos dos países da OCDE exercerão pressão sobre os níveis de ajuda nos próximos anos', destacou a OCDE, lembrando que o objetivo das Nações Unidas é que a ajuda ao desenvolvimento dos países ricos alcance 0,7% de seu Produto Interno Bruto (PIB).

Os países que em 2011 superaram essa marca foram Dinamarca, Luxemburgo, Holanda, Noruega e Suécia, enquanto ficaram abaixo Grécia, Itália, Japão e Coreia, entre os grandes doadores, e República Tcheca, Estônia, Hungria Israel e Polônia, entre os menores contribuintes.

A ajuda destinada pelos 27 membros da União Europeia (UE) representou 54% do total e alcançou os US$ 73,6 bilhões, 0,42% de seu PNB, contra 0,44% registrado em 2010.

Por regiões, e segundo os dados preliminares da OCDE, a maior parte da ajuda recaiu na Ásia (US$ 38,65 bilhões), seguida da África (US$ 38 bilhões) e América (US$ 9,9 bilhões).

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