Economia

País pode expandir 2,9 mi de Maracanãs em área agro no Cerrado, diz SLC

O executivo Aurélio Pavinato disse haver potencial para expandir a terra cultivável em cerca de 43 milhões de hectares na região

Imagem de arquivo de terminal de soja: funcionários trabalham no Porto de Santos (Germano Lüders/Exame)

Imagem de arquivo de terminal de soja: funcionários trabalham no Porto de Santos (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 5 de dezembro de 2018 às 15h12.

Campinas - O Brasil, que responde por cerca de 7 por cento da produção mundial de grãos, tem potencial para expandir a terra cultivável em cerca de 43 milhões de hectares na região do Cerrado, afirmou o CEO da SLC Agrícola nesta quarta-feira.

Aurélio Pavinato disse em um evento do setor em Campinas que essa área poderia ser usada para aumentar a produção de grãos e cana-de-açúcar no país.

O Brasil deve responder por cerca de 18 por cento das exportações globais de grãos na temporada 2018/19.

O país está a caminho de produzir 235 milhões de toneladas de grãos no atual ciclo, com as exportações de grãos chegando a 107 milhões de toneladas, disse Pavinato, citando dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

Segundo o executivo, os agricultores dos Estados Unidos cultivam cerca de 100 milhões de hectares com grãos, enquanto o total no Brasil é de cerca de 46 milhões de hectares.

"Expandir a produção agrícola exigiria investimentos pesados", disse o executivo da companhia, grande produtora de grãos, sem detalhar os custos.

O Brasil tem cerca de 180 milhões de hectares de pastagens, e partes dessa área poderia ser convertida em terra agrícola, o que aumentaria a área destinada à produção de grãos sem prejudicar o meio ambiente ou usar áreas de conservação, disse ele.

"O Brasil poderia liberar até 70 milhões de hectares de pastagens para agricultura em um período de entre 30 e 40 anos", disse Pavinato.

 

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