Economia

Padilha minimiza mudanças no projeto sobre dívida de Estados

Em discurso, ministro da Casa Civil disse que Temer montou um "ministério de notáveis" que garante votos no Congresso para governo aprovar as medidas propostas


	Eliseu Padilha: em discurso, ministro da Casa Civil disse que Temer montou um "ministério de notáveis" que garante votos no Congresso para governo aprovar as medidas propostas
 (Divulgação)

Eliseu Padilha: em discurso, ministro da Casa Civil disse que Temer montou um "ministério de notáveis" que garante votos no Congresso para governo aprovar as medidas propostas (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2016 às 16h46.

BRASÍLIA - O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta quarta-feira que o governo do presidente interino Michel Temer conseguiu a aprovação de tudo a que propôs no Congresso, inclusive o texto final do projeto de renegociação das dívidas dos Estados com a União.

Em discurso num almoço com a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Comércio, Serviços e Empreendedorismo, Padilha disse que além de formar um "dream team" na área econômica, Temer montou um "ministério de notáveis" que garante os votos no Congresso para o governo aprovar as medidas propostas.

Tanto no discurso, como ao falar com jornalistas ao chegar para o almoço, Padilha adotou a retórica de vitória pela aprovação do projeto sobre a dívida dos Estados apesar das concessões feitas pelo governo para garantir a votação favorável dos deputados.

"Grande vitória da base do governo, do ministro Meirelles, do governo na medida em que conseguimos limitar o aumento na despesas dos Estados", disse Padilha ao chegar para o encontro, que teve a participação do ministro Henrique Meirelles, da Fazenda.

O ministro da Casa Civil procurou minimizar a retirada do projeto do congelamento por dois anos dos vencimentos do funcionalismo público dos Estados como uma das contrapartidas exigidas pela União. [nL1N1AR01Y] "Houve um momento em que o relatório trazia algo que era algo totalmente dispensável, porque já está previsto no artigo 169 da Constituição Federal que é a autorização da Assembleia Legislativa para poder ou não ter aumentos de servidores", disse.

"De outra parte, a limitação para aumentos de salários é prevista neste mesmo dispositivo que não pode acontecer de nenhuma forma quando não tenha origem orçamentária", concluiu.

Apesar do discurso otimista sobre a base aliada por integrantes do governo, as críticas de que o Palácio do Planalto tem feito muitas concessões para conseguir aprovar as medidas propostas, reduzindo sua eficácia, têm aumentado.

Em seu discurso, Padilha falou muito de temas econômicos, voltou a defender a necessidade das reformas da Previdêmcia, trabalhista, tributária e política. O ministro fez também uma enfática defesa da parceria com a iniciativa privada, mencionando entre outros pontos que a ideia de Temer é incluir as hidrovias nas concessões a serem feitas pelo governo.

Acompanhe tudo sobre:CongressoDívida públicaMDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

CCJ do Senado adia votação da PEC da autonomia financeira do BC

Por que Países Baixos e Reino Unido devem perder milionários nos próximos anos?

STF prorroga até setembro prazo de suspensão da desoneração da folha

FGTS tem lucro de R$ 23,4 bi em 2023, maior valor da história

Mais na Exame