Os 10 países mais competitivos do mundo em 2011
Estudo feito pelo IMD em parceria com a Fundação Dom Cabral mostra que Hong Kong e os Estados Unidos dividem a primeira posição; Brasil está em 44º lugar
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2012 às 20h24.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h33.
São Paulo – Um estudo desenvolvido pelo Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Administração (IMD), na Suíça, em parceria com a Fundação Dom Cabral, mostra que os Estados Unidos e Hong Kong são as economias mais competitivas do mundo. Para compor o ranking, a pesquisa avalia critérios que vão desde indicadores econômicos como Produto Interno Bruto (PIB), renda per capita e taxa de inflação a investimentos em educação, saúde, tecnologia e qualidade de vida. O estudo também analisou o ambiente regulatório e as leis trabalhistas dos países. Todos estes dados foram levados em conta para medir quão competitivo é o ambiente de negócios dos países estudados (58, no total). O Brasil, por exemplo, ocupa o 44º lugar. Na pesquisa do ano passado, o país estava em 38º. No caso do Brasil as observações do IMD para a queda na competitividade são velhas conhecidas. O primeiro tópico na lista de afazeres urgentes é melhorar o controle dos gastos do governo. O segundo é melhorar os investimentos em infraestrutura física e tecnológica. Finalmente, o estudo sugere ainda uma tarefa que tem sido a dor de cabeça da equipe econômica do governo: sustentar o crescimento do país e mantê-lo atrativo a investimentos estrangeiros, sem deixar que haja superaquecimento econômico e excessiva valorização do câmbio. Veja nas fotos ao lado quais são as 10 economias mais competitivas do mundo
São Paulo - Hong Kong Lidera o ranking de competitividade elaborado pelo IMD em parceria com a Fundação Dom Cabral. Empatado com os Estados Unidos, o país asiático superou outros 58 países estudados pelos institutos. Os pontos fortes do país, que tornam seu ambiente de negócios o mais competitivo, começam com uma das políticas fiscais mais eficientes do mundo. Este fator, somado à organização e à transparência das finanças públicas, tornam Hong Kong o lugar mais atrativo para investimentos estrangeiros. Finalmente, o país também é o que tem a melhor infraestrutura em tecnologia dentre todos os estudados. Por outro lado, ainda deixa a desejar quando o assunto é a preparação de novos profissionais. No ranking que considera apenas o critério “educação”, Hong Kong ainda ocupa a 28ª posição, entre 58 países.
São Paulo - Os Estados Unidos dividem o topo do ranking de competitividade com Hong Kong. O país volta ao primeiro lugar depois de ter perdido a posição na pesquisa do ano passado, quando ficou em terceiro. Boa parte da queda foi explicada pelos efeitos da crise de 2008. Na volta à liderança, o país é lembrado como aquele que tem a economia doméstica mais competitiva do mundo. Também está entre os que mais atraem investimentos estrangeiros. Este desempenho se deve à melhor infraestrutura científica do mundo, com vasta produção em universidades de ponta. O país do Vale do Silício agrega competitividade a seu mercado também tendo a segunda melhor infraestrutura em tecnologia. Algumas das ressalvas do estudo são a inflação no país, que entre 2010 e 2011 passou de -0,4% para 1,6%, e o desemprego, que passou de 0,6% para 1,5% no mesmo período.
São Paulo - Cingapura tem um dos governos mais eficientes do mundo, o que lhe garante o terceiro lugar dentre os países mais competitivos. Segundo o estudo do IMD, o país tem a melhor estrutura tarifária, tanto para o país, quanto para importações. Também lidera em indicadores como flexibilidade do mercado de trabalho, ambiente regulatório, e flexibilidade das decisões governamentais. Todo este ambiente de estabilidade garante ao país a melhor estrutura de negócios internacionais. Outro ponto forte é que Cingapura tem a terceira melhor infraestrutura tecnológica do mundo. Entretanto, o país deixa a desejar quando o assunto é investimentos em saúde (56º, entre 58 países) e gastos públicos com educação (53º). Enquanto a educação superior de Cingapura está entre as melhores do mundo, os ensinos básico e fundamental ainda deixam a desejar (47º).
São Paulo - Quarto país mais competitivo do mundo, a Suécia tem o melhor desempenho em indicadores ligados à infraestrutura. É o primeiro dentre 58 países em saúde e conservação do meio ambiente, e tem a quarta melhor estrutura do mundo na área de educação. A Suécia também é lembrada por atrair investimentos estrangeiros, e possuir uma economia doméstica diversificada. Outro ponto forte do país é a transparência do governo, e a organização do orçamento público. Apesar de possuir um mercado de trabalho dinâmico, o país deixa a desejar quanto à remuneração em todos os níveis de atuação (45º lugar, entre 58 nações) e a carga horária de trabalho semanal (45º).
São Paulo - A Suíça ocupa o quinto lugar no ranking das economias mais competitivas do mundo, elaborado pelo IMD. O país domina os indicadores relacionados ao mercado de trabalho. Seus profissionais estão entre os mais qualificados do mundo, e as relações de trabalho entre as mais justas e equilibradas. A qualificação é elevada porque igualmente satisfatórios são os indicadores de educação. A Suíça tem o melhor ensino universitário do mundo. Seus estudantes são os que possuem as melhores habilidades com idiomas. Além disso, o sistema educacional é bem suprido por investimentos do governo, e conta com a melhor gestão do mundo, tanto pública quanto privada.
São Paulo - A sexta economia mais competitiva do mundo é Taiwan, segundo a pesquisa da IMD. A ilha asiática obteve esta colocação por ter um dos melhores níveis educacionais dentre os países pesquisados. Outro destaque é a eficiência de seu sistema financeiro. Taiwan tem o segundo mercado de ações mais eficiente do mundo. Por outro lado o governo ainda deixa a desejar quanto aos investimentos em educação básica, energia, saúde e internet.
São Paulo - Sétimo país mais competitivo do mundo, o Canadá é um dos lugares com menos burocracia para se começar um novo negócio, sobretudo em áreas ligadas a tecnologia. Isto se deve a uma estrutura estável e desburocratizada de leis e regulação. O Canadá também se destaca pela infraestrutura, especialmente do sistema educacional. A rede de ensino superior do país está entre as melhores do mundo, e o número de pesquisadores e cientistas é o quinto maior dentre os países pesquisados.
São Paulo - O emirado do Qatar é o único da região entre os 10 mais competitivos do mundo, de acordo com o ranking elaborado pelo IMD. Sua economia dinâmica está entre os destaques, seguida pela estabilidade política e pelo baixo índice de corrupção. A inflação no Qatar está entre as mais baixas do mundo. A renda per capita, por outro lado, é uma das mais altas. O emirado também chama a atenção por ter um nível elevado de emprego. Boa parte dos indicadores, porém, é explicada pelas atividades econômicas altamente rentáveis no país, como a construção civil e a exploração de petróleo. Quando se olha para outros indicadores, porém, nota-se que a pujança da economia do Qatar não beneficia a população como um todo. O coeficiente de GINI do país, um indicador utilizado para calcular a desigualdade da distribuição de renda, é o 41º pior, entre 58 países.
São Paulo - Fechando a lista dos 10 países mais competitivos do mundo está a Alemanha. O país se destaca por ter uma das forças de trabalho mais qualificadas do mundo, amparada por uma infraestrutura tecnológica confiável. Seus melhores indicadores estão ligados à força da economia, a maior da Europa, e à eficiência do governo. Por outro lado, o estudo do IMD aponta alguns desafios para o governo alemão nos próximos anos. Eliminar barreiras aos investimentos privados, estabilizar o orçamento público, e expandir a infraestrutura energética do país estão entre os principais.