Barris de petróleo: os sauditas já disseram que estariam dispostos a considerar um corte na produção (thinkstock)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2015 às 08h35.
Viena - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) parece pronta a manter as suas políticas de produção nesta sexta-feira e não deve tomar medidas para conter a oferta a partir de 2016, quando integrantes do grupo, como Irã e Iraque, vão impulsionar as exportações, potencialmente agravamento um dos piores excedentes de oferta da commodity na história.
O petróleo de referência, o Brent, está sendo negociado abaixo de 45 dólares por barril, a apenas alguns dólares das mínimas de seis anos, e a própria cesta de tipos de petróleo da Opep está abaixo de 38 dólares por barril --uma fração do que a maioria dos membros da Opep precisa para equilibrar seu orçamento.
Integrantes mais pobres da Opep foram aumentando a pressão sobre os membros mais ricos do grupo liderado pela Arábia Saudita para conter a oferta.
Mas Riad e seus aliados parecem nesta sexta-feira estarem prontos para manter a sua estratégia de defesa de participação de mercado, na esperança de que os preços mais baixos acabem levando produtores de custo mais elevado para fora do mercado.
Os sauditas já disseram que estariam dispostos a considerar um corte na produção, se os membros da Opep, como Irã e Iraque, concordassem em cooperar, o que não é o caso.
O ministro do petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, disse nesta sexta-feira que a demanda global crescente poderia absorver um salto esperado na produção iraniana próximo ano.
O ministro do petróleo iraquiano, Adel Abdel Mahdi, disse que seu país iria aumentar ainda mais a produção no próximo ano, depois de ter acentuado aumento da produção em 2015, e acrescentou que membro da Opep rival, o Irã, também tinha o direito de aumentar a produção após as sanções ocidentais serem suspensas.