Economia

Opep deve cortar mais 500 mil barris de petróleo em resposta a coronavírus

Como a China reduziu as importações de petróleo, preço do barril tem caído nas últimas semanas

Extração de petróleo no Oriente Médio: Opep e aliados estão divididos sobre a melhor forma de gerenciar a oferta global de petróleo (Dominique BERBAIN/Getty Images)

Extração de petróleo no Oriente Médio: Opep e aliados estão divididos sobre a melhor forma de gerenciar a oferta global de petróleo (Dominique BERBAIN/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de fevereiro de 2020 às 11h17.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2020 às 06h33.

Londres — A Arábia Saudita está pressionando por um drástico corte na produção de petróleo no curto prazo, em resposta ao impacto do surto de coronavírus sobre a demanda pela commodity, segundo autoridades da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Representantes da Opep e de aliados incluindo a Rússia - que, juntos, formam o grupo conhecido como Opep+ - vão se reunir nesta terça e quarta-feira (04 e 05) para debater possíveis medidas em reação à epidemia, que começou na China e já se espalhou para mais de outros 20 países.

Os chineses são os maiores consumidores mundiais de petróleo e reduziram sua importação, forçando o preço do barril cair.

Uma das hipóteses é que a Arábia Saudita, líder informal da Opep, lidere uma redução adicional conjunta de 500 mil barris por dia (bpd) na oferta do grupo, que ficaria em vigor até a crise ser superada, disseram as fontes.

Outra opção envolveria um corte temporário de 1 milhão de bpd pelos sauditas para ajudar a impulsionar as cotações do petróleo, acrescentaram as fontes.

A Opep e aliados estão divididos sobre a melhor forma de gerenciar a oferta global de petróleo diante da ameaça do coronavírus.

Após o encontro desta semana, que terá uma natureza técnica, os produtores vão decidir se convocarão uma reunião apenas entre Arábia Saudita e Rússia ou uma cúpula de todos os 23 países da Opep+ em Viena, disseram as fontes

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