Economia

ONU revisa previsão de crescimento mundial para este ano

As correções de crescimento da América Latina influenciaram a revisão, onde as políticas de ajuste exacerbaram os efeitos no andamento da economia


	ONU: as correções de crescimento da América Latina influenciaram a revisão, onde as políticas de ajuste exacerbaram os efeitos no andamento da economia
 (AFP/Nicholas Roberts)

ONU: as correções de crescimento da América Latina influenciaram a revisão, onde as políticas de ajuste exacerbaram os efeitos no andamento da economia (AFP/Nicholas Roberts)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2016 às 13h49.

A ONU revisou nesta quinta-feira para baixo a previsão do crescimento econômico mundial para este ano, para 2,4%, o mesmo percentual de 2015.

Em dezembro, quando o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU anunciou seu relatório anual, calculou que a economia global cresceria este ano 2,9%.

"A atividade econômica mundial se mantém em níveis medíocres, com poucas perspectivas de uma mudança de rumo em 2016", apontou o relatório sobre a situação econômica mundial apresentado hoje, que revisou os números divulgados em 10 de dezembro.

"Este prolongado período de baixo crescimento global representa um desafio para a implementação da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável" que a ONU lançou este ano e que estará em vigor até 2030.

As correções das taxas de crescimento da América Latina influenciaram a revisão, onde as políticas de ajuste exacerbaram os efeitos de impactos adversos no andamento da economia.

À isso se uniram a queda nos preços internacionais das matérias-primas, especialmente desde outubro, e os efeitos da "severa seca" originada pelo fenômeno meteorológico do El Niño, que provocou uma aguda diminuição da produção agrícola.

Em consequência disto, houve altas nos preços dos alimentos na África, na Ásia e na América Latina, gerando inflação e obrigando as autoridades à tomar políticas monetárias de ajuste.

Citando casos particulares, o relatório também indicou que as recessões no Brasil e na Rússia "demonstraram ser mais longas e profundas do que se tinha antecipado".

Só para a América Latina e o Caribe, o relatório calcula que a atividade econômica terá uma variação negativa este ano de 0,6%, o mesmo que em 2015, e calcula que em 2017 o produto bruto regional crescerá somente 1,5%.

No caso do Brasil, a maior economia latino-americana, o documento prevê que a atividade econômica cairá 3,4% este ano, e crescerá 0,2% ano que vem.

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