Economia

ONU: jovens são 24% dos trabalhadores pobres do mundo

Relatório da organização mostra que 152 milhões de jovens enfrentam o problema atualmente

A ONU alerta para a situação dos jovens no Oriente Médio e na África (Getty Images)

A ONU alerta para a situação dos jovens no Oriente Médio e na África (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2012 às 17h05.

Brasília – Os jovens são quase 24% dos trabalhadores pobres no mundo, somando 152 milhões de pessoas. É o que mostra relatório sobre a situação mundial dos jovens no mundo do trabalho feito pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas e divulgado hoje.

No caso dos trabalhadores não considerados pobres, ou seja os que vivem com mais de US$ 1,25 por dia, os jovens representam 18,6% do total. Com menor crescimento da economia global, a juventude tem enfrentado dificuldade para conseguir uma vaga de trabalho.

Mesmo entre os que têm emprego, muitos relataram enfrentar longa jornada de trabalho, instabilidade, poucas oportunidades para avançar na carreira, não ter benefícios de saúde e trabalham na informalidade. Por isso, não conquistam a independência financeira e nem conseguem complementar a renda familiar. Outros disseram que sequer conseguem emprego de meio período para custear os gastos com os estudos.

O documento também apontou o problema do desemprego da população jovem no Oriente Médio e na África. Em 2010, o número de jovens sem trabalho nessas duas regiões era de 25,5% no Oriente Médio e de 23,8% no Norte da África.

O relatório diz ainda que os jovens apostam na tecnologia da informação e desenvolvimento sustentável (empregos verdes) como áreas que oferecem uma melhor condição de trabalho nos próximos anos. Eles também pedem um sistema educacional de melhor qualidade e com facilidade de acesso e sugerem aos governos que implantem programas de estágios em grandes companhias privadas para a qualificação e inserção no mercado de trabalho.

As Nações Unidas ouviram jovens e representantes de organizações da sociedade civil por meio das mídias sociais para elaborar o relatório. Foram 1,1 mil opiniões, sugestões e recomendações recebidas durante quatro semanas, em outubro do ano passado.

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