Economia

ONS vê recuperação dos reservatórios das hidrelétricas em 2017

Capacidade das hidrelétricas projetada para novembro de 2017 é quase o dobro da prevista para este ano

Hidrelétricas: período de chuvas no Sul e Sudeste devem recuperar parte das hidrelétricas, mas seca deve continuar no Nordeste (Divulgação)

Hidrelétricas: período de chuvas no Sul e Sudeste devem recuperar parte das hidrelétricas, mas seca deve continuar no Nordeste (Divulgação)

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Reuters

Publicado em 27 de outubro de 2016 às 14h48.

Rio de Janeiro - As hidrelétricas do Sudeste, que concentram os maiores reservatórios, deverão estar com entre 40 e 50 por cento da capacidade em novembro de 2017, o que representaria quase o dobro dos 27 por cento esperados para o mesmo período deste ano, afirmou nesta quinta-feira o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata.

Segundo ele, as represas deverão se recuperar com a ajuda de um período úmido perto da média histórica no Sudeste e no Sul, embora os sinais sejam de que a severa seca registrada no Nordeste deverá continuar.

"Os sinais que a turma do clima está dando são que devemos ter um verão (com chuvas) em torno da média no Sudeste e Sul. Para o Nordeste não devemos ter mudança", disse Barata a jornalistas após participar de evento no Rio de Janeiro.

Segundo ele, se houver a esperada recomposição dos reservatórios do Sudeste, o ONS poderá optar por uma redução no despacho de termelétricas, que possuam geração mais cara, o que reduziria os custos da energia no próximo ano.

"Isso caracteriza menos térmica, menos custos e tarifas mais baratas. O que queremos é tarifas mais baratas com segurança", afirmou.

Atualmente, as hidrelétricas do Sudeste estão com 35 por cento da capacidade. As usinas fecharam novembro de 2015 com 27,5 por cento, enquanto em 2014 o mês acabou com 16 por cento de armazenamento nas represas da região.

Previsão de ventos

O diretor geral do ONS disse também que o órgão pretende utilizar a partir de 2017 uma nova metodologia para prever ventos, o que possibilitará uma melhor estimativa da geração de energia eólica.

A ferramenta seria utilizada na programação da operação do sistema elétrico que o ONS faz diariamente, com os valores de produção esperados de cada usina para o dia seguinte.

Atualmente, as estimativas utilizadas pelo ONS são provenientes de uma consultoria e possuem margem de erro de 30 por cento.

Segundo Barata, a nova metodologia deve reduzir essa margem de erro para até 20 por cento. "O objetivo é aprimorar cada vez mais a previsão...com 20 por cento ficamos no padrão internacional".

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