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OMC: Possibilidade de litígio existe, mas não é a única

O diretor da OMC afirmou que conversou com Temer e que o Brasil não descarta nenhum possibilidade sobre a mesa como resposta à sobretaxação

OMC: "Na conversa que eu tive com o presidente, ficou evidente que o Brasil não descartou nenhuma possibilidade" (Denis Balibouse/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de março de 2018 às 17h58.

São Paulo - O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio ( OMC ), Roberto Azevêdo, afirmou que a sobretaxa na importação de aço e alumínio anunciada pelos Estados Unidos aumentou a chance de uma "guerra comercial" entre países, mas que acredita na possibilidade de um diálogo para mitigar os impactos da medida tomada pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

Em entrevista durante o Fórum Econômico Mundial sobre a América Latina, na capital paulista, o diretor afirmou que conversou com o presidente Michel Temer e que o Brasil não descarta nenhum possibilidade sobre a mesa como resposta à sobretaxação. "Na conversa que eu tive com o presidente, ficou evidente que o Brasil não descartou nenhuma possibilidade, inclusive um litígio na Organização Mundial do Comércio; é uma possibilidade, mas não é a única", destacou.

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O diálogo, reforçou, pode evitar atritos irreversíveis entre países que negociam com os Estados Unidos. Azevêdo declarou se preocupar com o "efeito sistêmico" da medida americana.

"Se houver efetivamente uma situação de quebra de diálogo e adoção de medidas unilaterais em retaliação, coisas desse tipo, isso me preocupa porque pode causar um efeito dominó que é difícil de prever a extensão e a duração."

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