Economia

Oito participantes do protesto de sexta continuam presos

Entre os detidos, está o estudante Paulo Henrique Santiago dos Santos, de 24 anos, acusado de agredir o coronel Reynaldo Rossi


	Agências bancárias e viatura da Polícia Civil depredadas durante protestoem São Paulo: segundo advogado, o rapaz é inocente
 (Marcelo Camargo/ABr)

Agências bancárias e viatura da Polícia Civil depredadas durante protestoem São Paulo: segundo advogado, o rapaz é inocente (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2013 às 09h37.

São Paulo - Oito dos 92 detidos pela polícia durante o protesto pelas melhorias no transporte, na sexta-feira, 25, continuam presos. Entre eles está o estudante Paulo Henrique Santiago dos Santos, de 24 anos, acusado de agredir o coronel Reynaldo Rossi.

O advogado de Santos, Guilherme Silveira Braga, afirma que o rapaz não participou do espancamento do coronel. "Ele foi acusado porque seu rosto aparece em uma foto em que rapazes estão agredindo o policial. Mas ele não participa da agressão", afirma.

"Ele é inocente. Não é um black bloc. É aluno de Relações Internacionais, trabalha em uma multinacional e essa prisão está acabando com a vida dele." O advogado teve um pedido de liberdade provisória para o rapaz negado ontem, 27, pelo plantão judiciário da capital. Ele vai entrar com pedido de habeas corpus amanhã, 29.

Resposta. O Movimento Passe Livre divulgou ontem uma nota na internet sobre a Semana Nacional de Lutas pelo Transporte - a série de protestos que terminou na sexta com o confronto com a polícia.

"Infelizmente essas manifestações acabaram publicadas nas páginas policiais. Não apoiamos o que aconteceu com o coronel da PM, mas também condenamos o atropelamento de manifestantes por um delegado no Grajaú na quarta-feira (23)". O texto cita outros casos de abusos cometidos pela polícia.

Já as diversas páginas black blocs de São Paulo também comentaram o espancamento do coronel. Vídeos que mostram as agressões ao PM são editados de forma a mostrar cenas de policiais espancando pessoas na rua em outras manifestações. Os integrantes da página chamam a tentativa de linchamento de "reação" à violência policial desenvolvida nas manifestações de rua.

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