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OEA apoia Argentina na batalha contra fundos especulativos

Reunião da OEA aprovou resolução de apoio à Argentina para que obtenha acordo justo com fundos especulativos

Cartaz em Buenos Aires contra fundos abutre: resolução foi aprovada por aclamação (Alejandro Pagni/AFP)
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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2014 às 10h20.

Washington - A 28ª reunião de consultas de chanceleres da OEA aprovou nesta quinta-feira uma resolução de apoio à Argentina para que obtenha um acordo "justo, equitativo e legal" com os fundos especulativos detentores de bônus em "default" desde 2001.

A resolução, promovida por Brasil e Uruguai , foi aprovada por aclamação, mas Canadá se absteve e Estados Unidos informou que fará uma nota explicando que não pode apoiar o texto porque a questão é objeto de ação em um tribunal americano.

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O documento firmado pelos chanceleres declara o "apoio à República Argentina" para que "possa seguir cumprindo com suas obrigações, pagando sua dívida, honrando seus compromissos e mantendo um diálogo em condições justas, equitativas e legais" com todos os seus credores.

A declaração também destaca ser essencial "garantir que os acordos obtidos entre devedores e credores com base nos processos de reestruturação das dívidas soberanas sejam respeitados".

Finalmente, a declaração manifesta seu "pleno apoio a uma solução que busque facilitar o amplo processo de reestruturação" da dívida argentina.

O ministro argentino da Economia, Axel Kicillof, fez uma ampla e detalhada apresentação aos chanceleres e pediu "soluções urgentes" diante da possibilidade real de um novo "default".

"São necessárias soluções urgentes e não apenas pronunciamentos. Necessitamos que os organismos internacionais atuem", disse Kicillof.

A subsecretária americana de Estado para a América Latina , Roberta Jacobson, justificou a posição dos EUA acrescentando que o poder judiciário é independente do Executivo.

Um juiz de Nova York decretou que a Argentina não pode pagar os credores da dívida reestruturada antes de honrar seu débito com os fundos especulativos, o que aumenta o risco de um novo "default".

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