Economia

OCDE quer fundo de resgate europeu acima de € 1 trilhão

O objetivo é cobrir as necessidades financeiras de seus membros mais vulneráveis, como Espanha ou Itália

A ideia é dar confiança aos mercados, "mesmo que seja pouco provável o uso de financiamentos desta magnitude", destacou a OCDE (Jean Ayissi/AFP)

A ideia é dar confiança aos mercados, "mesmo que seja pouco provável o uso de financiamentos desta magnitude", destacou a OCDE (Jean Ayissi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2012 às 09h11.

Bruxelas - A Eurozona deve reforçar as barreiras contra a crise da dívida a mais de um trilhão de euros com o objetivo de cobrir as necessidades financeiras de seus membros mais vulneráveis, como Espanha ou Itália, afirmou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) em um relatório divulgado em Bruxelas.

"Com o objetivo de deter as tensões dos mercados, os financiamentos devem ser disponibilizados de maneira a responder a todas as demandas de ajuda financeira", afirma o documento da OCDE.

Neste sentido, o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF, fundo de resgate temporário) e o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), que deve entrar em vigor em julho, devem "cobrir as necessidades dos países vulneráveis da Eurozona (ou seja, um trilhão de euros até 2014) e contribuir para a recapitalização dos bancos europeus".

A ideia é dar confiança aos mercados, "mesmo que seja pouco provável o uso de financiamentos desta magnitude", destacou a OCDE, que recentemente exigiu que a Eurozona "construa a mãe de todas as barreiras" para acabar com a crise da dívida.

Mas a proposta da OCDE tem, no momento, poucas possibilidades de êxito, especialmente depois que Berlim aceitou na segunda-feira ampliar ao mínimo a dotação do MEDE.

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou na segunda-feira que o MEDE "deve permanecer de forma permanente" nos 500 bilhões de euros acordados inicialmente.

Mas ela parece disposta agora a acumular os fundos já concedidos pelo FEEF (quase 200 bilhões) aos do MEDE, o que permitiria elevar a 700 bilhões de euros a capacidade total de empréstimos.

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