Economia

Obama: sem reforma, EUA devem ter nova crise

Presidente dos Estados Unidos pedirá apoio de Wall Street para conseguir ver aprovada a reforma financeira

O presidente dos EUA, Barack Obama: apesar de querer uma reforma para proteger o país da crise, ele deve reafirmar a crença no poder do mercado (.)

O presidente dos EUA, Barack Obama: apesar de querer uma reforma para proteger o país da crise, ele deve reafirmar a crença no poder do mercado (.)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2010 às 09h50.

Washington - O presidente americano, Barack Obama, defenderá a reforma financeira destacando que, sem ela, os Estados Unidos estariam condenados a uma nova crise. Além disso, pedirá o apoio de Wall Street, segundo trechos do discurso que fará nesta quinta-feira em Nova York.

"É essencial que aprendamos as lições desta crise, para que não estejamos condenados a repeti-la", afirmará Obama, de acordo com os trecho do discurso divulgados com antecedência pela Casa Branca.

"E não se enganem, isto é exatamente o que vai acontecer se deixarmos passar esta oportunidade de revisar o sistema de regulamentação dos bancos e outras instituições financeiras, tema que o Senado americano está para examinar, destacará o presidente.

No mesmo discurso, que deve começar pouco antes de 12h00 (13h00 de Brasília) em Cooper Union, uma universidade particular do sul de Manhattan, a poucas quadras de Wall Street, Obama pretende dar garantias aos investidores e afirmar que acredita no capitalismo e no poder do mercado.

"Acredito em um setor financeiro forte que ajude as pessoas a aumentar seu capital, a obter empréstimos e a investir suas economias. Mas um mercado livre não significa uma permissão para pegar tudo o que podem pegar, de qualquer maneira".

"Alguns em Wall Street esqueceram que por trás de cada dólar na Bolsa ou investido, há uma família que tenta comprar uma casa, pagar seus estudos, abrir uma loja ou economizar para a aposentadoria", cita o presidente.

"O que acontece aqui tem consequências reais em todo nosso país", recorda Obama, em referência à crise financeira de 2008, resultado dos excessos dos negócios arriscados no setor imobiliário.

Os Estados Unidos começam a se recuperar da crise, mas com um índice de desemprego ainda próximo dos 10%.

Mas Obama dirá ainda estar convencido que é do interesse de Wall Street cooperar com a presidência e o Congresso.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaCrises em empresasFinançasPersonalidadesPolíticosreformassetor-financeiro

Mais de Economia

Ministro diz que BPC e Bolsa Família não terão mudanças em pacote fiscal preparado pelo governo

Corte de gastos: reunião no Planalto é encerrada sem decisão e será retomada às 14h desta sexta

Governo tem déficit R$ 105,2 de janeiro a setembro; número é 11,5% pior que em 2023

Lula se reúne com ministros nesta quinta e deve fechar pacote de corte de gastos