Economia

Obama pressiona republicanos a elevar teto da dívida

Com o potencial de uma calamidade econômica se aproximando, Obama e seus oponentes republicanos tentam chegar a um acordo sobre a elevação do limite da dívida

Barack Obama (REUTERS/Jason Reed)

Barack Obama (REUTERS/Jason Reed)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2013 às 10h40.

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pressionou legisladores republicanos neste sábado a elevarem o limite de endividamento da nação por mais tempo do que os oposicionistas gostariam, enquanto o impasse fiscal se arrasta pelo fim de semana, com apenas cinco dias faltando para o fim do prazo para um acordo.

A guerra orçamentária entre Obama e os republicanos, que controlam da Câmara dos Representantes, causou a licença forçada de centenas de milhares de funcionários públicos durante uma paralisação do governo que já dura 12 dias. O impasse colocou a nação sob risco de não honrar suas dívidas pela primeira vez na história, possivelmente na quinta-feira, a não ser que o limite de empréstimo seja estendido.

Com o potencial de uma calamidade econômica se aproximando, Obama e seus oponentes republicanos tentam chegar a um acordo sobre a elevação do limite de endividamento. Os oposicionistas querem limitar a extensão do limite em seis semanas, para tentar forçar mais concessões do presidente.

Obama deixou claro em seu programa semanal neste sábado que pretende uma extensão mais duradoura, para fazer a economia norte-americana passar pelas festas de fim de ano sem problemas. Os republicanos querem o comprometimento da Casa Branca com maiores discussões sobre a redução do déficit.

"Eu não seria sábio, como alguns sugerem, se desse um tapa no limite de endividamento por dois meses e flertasse com o primeiro default intencional bem no meio da temporada de compras do fim de ano", disse Obama.

Embora as conversas de Obama no Congresso na quinta e sexta-feiras tenham sido vistas como um progresso, ainda há muitos detalhes para a chegada a um acordo. O senador republicano por Dakota do Norte John Hoeven disse que há várias ideias para serem discutidas, mas que o importante agora é encontrar a combinação certa delas para que o projeto seja aprovado na Câmara e no Senado.

"Acho que demorará alguns dias para chegarmos a essa combinação, mas estou confiante em um acordo", disse Hoeven à Reuters. Segundo o senador, os republicanos podem até aumentar o teto da dívida, desde que o governo corte gastos.

"Eu quero ver o governo aberto e quero ver a solução para o teto da dívida, mas temos que usar este momento para fazer economias e reformas, e estamos conversando sobre quais economias e reformas podemos concordar em fazer", afirmou.

As pesquisas de opinião mostraram que os norte-americanos culpam os republicanos pela crise, o que fortaleceu a posição de Obama contrária às negociações sobre o teto da dívida.

"Nosso governo está fechado pela primeira vez em 17 anos. Um partido político está causando o risco de default pela primeira vez desde os anos 1700. Isso não é normal. Temos que acabar logo com isso", afirmou Obama.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaDívidas de paísesEstados Unidos (EUA)Países ricosPersonalidadesPolíticos

Mais de Economia

CCJ do Senado adia votação da PEC da autonomia financeira do BC

Por que Países Baixos e Reino Unido devem perder milionários nos próximos anos?

STF prorroga até setembro prazo de suspensão da desoneração da folha

FGTS tem lucro de R$ 23,4 bi em 2023, maior valor da história

Mais na Exame