São Paulo - O Brasil está vivendo uma recessão profunda, o que deixa a população desanimada - nada mais natural.
Mas é importante lembrar que a economia é complexa, e que até momentos de dificuldade podem ter bons (e inesperados) efeitos.
É isso que mostra o trabalho "Mercados Fracos, Professores Fortes", publicado recentemente pelo Escritório Nacional de Pesquisa Econômica (NBER) dos Estados Unidos pelos pesquisadores Markus Nagler, da Universidade de Munique, Marc Piopiunik, do Institute for Economic Research, e Martin R. West, de Harvard.
Usando um banco de dados de 33 mil professores de ensino público do estado americano da Flórida, eles analisaram seu efeito sobre os resultados em matemática e leitura dos alunos de 4ª e 5ª séries entre 2000/2001 e 2008/2009.
A conclusão: os professores que entraram na profissão durante recessões - em 1974 ou 1990, por exemplo - eram mais efetivos em aumentar as notas dos seus alunos, especialmente em matemática, mesmo controlando por outros fatores.
"Regressões 'placebo' mostram que a efetividade dos professores não é afetada pelas condições do ciclo de negócios antes ou depois do início das suas carreiras, e nem pela entrada em certas idades críticas. Apenas as condições [econômicas] no início da carreira importam", diz o texto.
Mecanismo
A explicação para isso é que relativamente mais indivíduos com melhores habilidades escolhem ensinar durante períodos de contração econômica.
Professor público é um emprego relativamente estável e imune a flutuações, mas cujo salário mais baixo só se tornaria uma opção atrativa quando outras oportunidades se tornam escassas por causa de uma recessão.
Isso mostra que incentivos externos fazem a diferença, e que não se sustenta o discurso de que professor dá aula (só) por "amor" e não (também) por dinheiro.
Outros estudos e casos já haviam mostrado que a oferta de trabalhadores disponíveis para empregos públicos aumenta durante a contração econômica e cai na recuperação.
De acordo com os autores, isso indica que os governos devem ver recessões como uma janela de oportunidade para recrutar e melhorar sua força de trabalho.
Ano | Crescimento |
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2013 | -4,8% |
2014 | -3,1% |
2015 (est.) | -15,4% |
2016 (est.) | 3,7% |
2. Serra Leoa 2 /16(Chris Hondros / Getty Images)
Ano | Crescimento |
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2013 | 20,1% |
2014 | 6,0% |
2015 (est.) | -12,8% |
2016 (est.) | 8,4% |
3. Venezuela 3 /16(REUTERS/Jorge Silva)
Ano | Crescimento |
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2013 | 1,3% |
2014 | -4,0% |
2015 (est.) | -7,0% |
2016 (est.) | -4,0% |
4. Ucrânia 4 /16(Podluzhnaya/WikimediaCommons)
Ano | Crescimento |
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2013 | 0,0% |
2014 | -6,8% |
2015 (est.) | -5,5% |
2016 (est.) | 2,0% |
5. Vanuatu 5 /16(NASA)
Ano | Crescimento |
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2013 | 2,0% |
2014 | 2,9% |
2015 (est.) | -4,0% |
2016 (est.) | 5,0% |
6. Rússia 6 /16(Thinkstock)
Ano | Crescimento |
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2013 | 1,3% |
2014 | 0,6% |
2015 (est.) | -3,8% |
2016 (est.) | -1,1% |
7. Iêmem 7 /16(Paul Hilton/Bloomberg)
Ano | Crescimento |
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2013 | 4,8% |
2014 | -0,2% |
2015 (est.) | -2,2% |
2016 (est.) | 3,6% |
8. Libéria 8 /16(Chris Hondros/Getty Images)
Ano | Crescimento |
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2013 | 8,7% |
2014 | 0,5% |
2015 (est.) | -1,4% |
2016 (est.) | 5,0% |
9. Brasil 9 /16(WikimediaCommons/Henrique Boney)
Ano | Crescimento |
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2013 | 2,7% |
2014 | 0,1% |
2015 (est.) | -1,0% |
2016 (est.) | 1,0% |
10. Armênia 10 /16(Wikimedia Commons)
Ano | Crescimento |
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2013 | 3,5% |
2014 | 3,4% |
2015 (est.) | -1,0% |
2016 (est.) | 0,0% |
11. Moldávia 11 /16(Andrey/WikimediaCommons)
Ano | Crescimento |
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2013 | 9,4% |
2014 | 4,6% |
2015 (est.) | -1,0% |
2016 (est.) | 3,0% |
12. Brunei 12 /16(Jim Trodel/Flickr/Creative Commons)
Ano | Crescimento |
---|
2013 | -1,8% |
2014 | -0,7% |
2015 (est.) | -0,5% |
2016 (est.) | 2,8% |
13. Sérvia 13 /16(Divulgação / Trivago / Byron C. Howes/Flickr)
Ano | Crescimento |
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2013 | 2,6% |
2014 | -1,8% |
2015 (est.) | -0,5% |
2016 (est.) | 1,5% |
14. Argentina 14 /16(Getty Images)
Ano | Crescimento |
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2013 | 2,9% |
2014 | 0,5% |
2015 (est.) | -0,3% |
2016 (est.) | 0,1% |
15. Guiné 15 /16(Wikimedia Commons/ Soman)
Ano | Crescimento |
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2013 | 2,3% |
2014 | 0,4% |
2015 (est.) | -0,3% |
2016 (est.) | 6,5% |
16 /16(Reuters)