Economia

Novos prefeitos enfrentarão pressão fiscal, diz Fitch

Fitch diz que maioria das cidades brasileiras está exposta a risco de queda na receita devido a dependência de transferências de governos estaduais ou federal


	Fitch: "os novos prefeitos terão ainda de financiar uma parcela maior do gasto com hospitais e as forças policiais", aponta a agência
 (Brendan McDermid/Reuters)

Fitch: "os novos prefeitos terão ainda de financiar uma parcela maior do gasto com hospitais e as forças policiais", aponta a agência (Brendan McDermid/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2016 às 17h10.

São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch afirmou que os prefeitos recém-eleitos do Brasil enfrentarão um ambiente mais difícil que os seus antecessores em relação a "desafios fiscais".

De acordo com a Fitch, muitos governos locais do País enfrentaram estresse fiscal quando as transferências de dinheiro de governos estaduais e do federal começaram a declinar, durante o mandato anterior (2012-2016).

"Os novos prefeitos terão ainda de financiar uma parcela maior do gasto com hospitais e as forças policiais", aponta a agência.

A Fitch diz que a maioria das cidades brasileiras está exposta ao risco de queda na receita por causa da dependência de transferências dos governos estaduais ou do federal. A agência cita que as três maiores cidades, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, tinham na média 37,2% de suas receitas operacionais no ano fiscal de 2015 oriundas dessas transferências.

"Os prefeitos também enfrentam outras receitas que diminuem", diz a Fitch, entre elas o montante recebido com o imposto sobre serviços. Outro ponto lembrado é que a receita pode ser reduzida diante da diminuição da receita, com o crescimento da economia informal.

A Fitch afirma que os municípios podem ter de gastar mais com segurança e saúde neste ano e no próximo, diante do crescente número de Estados com problemas de caixa. Na avaliação da Fitch, a resolução desses desequilíbrios é "improvável no curto prazo, já que as reformas estruturais relacionadas com a tributação e as pensões requerem aprovação federal".

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingAjuste fiscalEleiçõesEleições 2016EmpresasFitchPrefeituras

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor