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Novos dados aumentam confiança do Fed em desaceleração da inflação, diz Powell

Presidente do banco central americano também ressaltou que instituição está monitorando de perto sua obrigação de promover o pleno emprego

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell (Chip Somodevilla/Getty Images)

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AFP
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Publicado em 15 de julho de 2024 às 19h25.

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O presidente do banco central dos Estados Unidos, Jerome Powell, disse nesta segunda-feira, 15, que os dados recentes aumentam a confiança de que a inflação está desacelerando rumo à meta de 2%, uma tendência que dá sinais de reduções futuras nas taxas de juros.

"Não ganhamos nenhuma confiança adicional no primeiro trimestre, mas as três leituras do segundo trimestre, incluída a da semana passada, aumentam um pouco a confiança", disse Powell em entrevista a David Rubenstein, do Clube Econômico de Washington DC.

Embora o Federal Reserve (Fed, banco central) tenha se concentrado principalmente na inflação - que disparou depois da pandemia de covid-19 -, agora também está monitorando de perto sua obrigação de promover o pleno emprego, acrescentou Powell.

"Se observarmos um enfraquecimento inesperado no mercado de trabalho, isso também pode ser motivo de reação da nossa parte", disse.

Para aliviar a demanda e esfriar a inflação, o banco central elevou rapidamente as taxas de juros de referência em 2022. Desde então, manteve os juros no nível mais alto das últimas décadas, diante do forte aumento dos preços.

Contudo, na semana passada, o indicador-chave da inflação, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), caiu mais que o esperado, o que foi positivo para as autoridades.

Tendências similares, junto com uma retomada do desemprego para o nível mais alto desde 2021, poderiam levar o Fed a reduzir as taxas mais cedo.

"Sempre pensei que havia um caminho para que a inflação voltasse para a nossa meta de 2% de forma sustentável, sem causar dores no mercado de trabalho, sem o alto desemprego que tem sido típico dos ciclos de ajuste e redução da inflação", considerou Powell.

Em parte, isso ocorreu porque o mercado de trabalho estava "tão superaquecido que poderia esfriar bastante", acrescentou.

Além disso, Powell afirmou que um "pouso forçado" da economia, marcado por uma forte desaceleração, seria um cenário pouco provável.

Está previsto que o Fed realize sua próxima reunião de política monetária no fim de julho, e os analistas esperam que comece a reduzir os juros no encontro de setembro deste ano.

Em resposta à questão de reduzir as taxas durante o período de campanha presidencial para as eleições de novembro, Powell enfatizou: "Não levamos em conta considerações políticas. Não colocamos um filtro político em nossas decisões."

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