Economia

Novo empréstimo a distribuidoras está em estudo, diz Aneel

Um novo empréstimo é uma das alternativas em estudo para cobrir gastos que distribuidoras de eletricidade devem quitar no mercado de energia, diz Aneel


	Cabos de transmissão de energia elétrica: "estamos correndo atrás de uma solução para essa liquidação", disse diretor-geral da Aneel
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Cabos de transmissão de energia elétrica: "estamos correndo atrás de uma solução para essa liquidação", disse diretor-geral da Aneel (Adriano Machado/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2015 às 17h49.

Brasília - Um novo empréstimo do sistema financeiro é uma das alternativas em estudo no governo federal para cobrir gastos que distribuidoras de eletricidade têm que quitar no mercado de energia de curto prazo no início deste ano, disse nesta terça-feira o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino.

"Estamos correndo atrás de uma solução para essa liquidação, mas não temos ainda", disse Rufino, ao se referir à liquidação das operações no mercado de energia de curto prazo que ocorre no próximo dia 13.

Segundo ele, que falou após reunião com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, "uma das alternativas" que está em estudo é recorrer a pelo menos parte dos bancos que fizeram parte do pool que em 2014 emprestou 17,8 bilhões de reais ao setor elétrico para cobrir a exposição das distribuidoras no mercado de curto prazo.

Rufino também não descarta que seja feito um adiamento da liquidação marcada para a próxima semana, mas disse que o adiamento teria que vir junto de uma solução.

A liquidação que ocorre no dia 13 é referente às operações no mercado de energia de curto prazo realizadas em novembro, que têm cerca de 1,5 bilhão de gastos das distribuidoras não cobertos pela tarifa e que precisam de uma solução.

O diretor da Aneel ainda afirmou que a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) terminou 2014 com um déficit de cerca de 3 bilhões de reais que vão se tornar restos a pagar nas contas da CDE deste ano. Esse déficit, segundo ele, já leva em consideração 1,25 bilhão de reais liberados pelo Tesouro para a conta no fim do ano passado.

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