Economia

Setor público brasileiro tem déficit primário de R$19,567 bi

Analistas estimavam saldo negativo de 14 bilhões de reais para o mês


	Contas: este é o pior resultado para o mês da série histórica, iniciada em 2002
 (Thinkstock)

Contas: este é o pior resultado para o mês da série histórica, iniciada em 2002 (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2015 às 10h19.

Brasília - O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 19,567 bilhões em novembro, conforme informou na manhã desta terça-feira, 29, o Banco Central (BC).

Este é o pior resultado para o mês da série histórica, iniciada em 2002.

Em outubro, o resultado havia sido negativo em R$ 11,530 bilhões e, em setembro, houve déficit de R$ 7,318 bilhões. Em novembro do ano passado, foi registrado déficit de R$ 8,084 bilhões.

O resultado primário consolidado de novembro deste ano foi ligeiramente melhor que as estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que iam de um déficit primário de R$ 20,000 bilhões a R$ 24,000 bilhões, com mediana negativa de R$ 21,500 bilhões.

O esforço fiscal do mês passado foi composto por um déficit de R$ 21,671 bilhões do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS). Os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 2,352 bilhões no mês.

Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 1,919 bilhão, os municípios tiveram superávit de R$ 433 milhões. Já as empresas estatais registraram déficit primário de R$ 249 milhões.

Acumulado

As contas do setor público acumularam um déficit primário de R$ 39,520 bilhões de janeiro a novembro de 2015, informou o BC - também o pior resultado para o período da série histórica.

A quantia representa 0,73% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período do ano passado, havia um déficit primário no valor de R$ 19,642 bilhões ou 0,38% do PIB.

O resultado fiscal no acumulado deste ano foi obtido com um déficit de R$ 55,712 bilhões do Governo Central (1,03% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um saldo positivo de R$ 19,495 bilhões (0,36% do PIB).

Enquanto os Estados registraram superávit de R$ 17,193 bilhões (0,32% do PIB), os municípios alcançaram um resultado positivo de R$ 2,302 bilhões (0,04% do PIB).

Já as empresas estatais registraram um déficit de R$ 3,304 bilhões entre janeiro e novembro deste ano (0,06% do PIB).

Em 12 meses até novembro, as contas do setor público acumulam um déficit primário de R$ 52,414 bilhões, o equivalente a 0,89% do PIB. Segundo o Banco Central, o esforço fiscal piorou em 12 meses em relação ao período encerrado em outubro, quando estava negativo em 0,70% do PIB, ao totalizar R$ 40,932 bilhões.

Nos 12 meses encerrados em novembro, o Governo Central teve um déficit de R$ 54,957 bilhões (0,93% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 8,179 bilhões (0,14% do PIB).

Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 5,280 bilhões, os municípios alcançaram um saldo positivo de R$ 2,899 bilhões. As empresas estatais, no entanto, registraram um resultado negativo de R$ 5,637 bilhões no período.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralDéficit públicoMercado financeiro

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor