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Por que a Croácia cancelou a dívida dos seus cidadãos pobres

Governo começa a implantar hoje plano sem precedentes para cancelar as dívidas de grande parte da população e estimular uma economia que não cresce há 6 anos

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Croácia (Enjosmith/Flickr/Creative Commons)

Croácia (Enjosmith/Flickr/Creative Commons)

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João Pedro Caleiro

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às, 13h01.

São Paulo - Uma parte considerável da população da Croácia acordou um pouco mais aliviada nesta segunda-feira.

Entra em vigor hoje um plano aprovado em meados de janeiro para cancelar as dívidas de cerca de 60 mil cidadãos com bancos, empresas de telefonia e de serviços públicos.

Estarão contemplados croatas sem propriedade ou dinheiro guardado e que tenham renda mensal menor do que 1.250 kuna (R$ 480) e dívida abaixo de 35 mil kuna (R$ 13.400). Eles precisam se inscrever para participar.

O plano é parte de um acordo com os credores, que não terão qualquer tipo de compensação. O esquema não tem precedentes e deve custar entre US$ 30 milhões e US$ 300 milhões, de acordo com fontes diferentes. 

Críticos apontam para o risco de que os credores simplesmente aumentem os juros para a população mais pobre, o que poderia disparar um novo acúmulo insustentável de endividamento, mas tudo depende do tamanho do perdão, ainda incerto.

A ideia é estimular uma economia que está em recessão desde a crise financeira de 2008. A projeção do Banco Mundial é que economia croata deve voltar a crescer em 2015, ainda que de forma tímida: 0,5%.

A dívida total dos croatas soma US$ 4,1 bilhões. No final de julho do ano passado, mais de 300 mil tiveram suas contas bancárias bloqueadas por causa de dívidas. isso em uma população de apenas 4,4 milhões.  

A demanda doméstica está fraca e o Fundo Monetário Internacional (FMI) sugeriu no ano passado que uma reestruturação das dívidas das famílias era a melhor forma de ajudar a recuperação, mas com um compartilhamento justo do fardo entre credores e devedores.

O primeiro-ministro Zoran Milanovic, no poder desde 2011, anunciou o plano como "um novo começo" dias após seu partido perder a eleição presidencial para a oposição. Uma nova eleição parlamentar deve ocorrer ainda este ano.

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