Economia

PIB chinês cresce 7,4%, o menor crescimento em 24 anos

O índice é o mais baixo desde 1990


	Comércio na China: o índice anual de 7,4% é um décimo menor do que a previsão do governo
 (Wang Zhao/AFP)

Comércio na China: o índice anual de 7,4% é um décimo menor do que a previsão do governo (Wang Zhao/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 05h39.

Pequim - O Produto Interno Bruto (PIB) da China teve crescimento de 7,4% em 2014, o mais baixo desde 1990, segundo os dados oficiais divulgados nesta terça-feira pelo governo de Pequim.

A expansão do PIB no quarto trimestre do ano passado foi de 7,3%, seguindo os índices de 7,3% (terceiro trimestre), 7,5% (segundo) e 7,4% (primeiro), informou o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, sigla em inglês) da China.

O índice anual de 7,4% é um décimo menor do que a previsão do governo, de 7,5%, mas mantém a tendência de desaceleração da economia chinesa dos últimos anos, após um crescimento de 7,7% em 2013 e 2012, e de 9,3% em 2011.

A NBS atribuiu o menor índice de 2014 ao "complicado e volátil entorno internacional e à intensa tarefa de manter o desenvolvimento doméstico, as reformas e a estabilidade", segundo explicou o diretor do órgão, Ma Jiantang, em entrevista coletiva.

Como resultado, "a economia nacional operou firmemente sob a nova normalidade", o termo oficial para designar o crescimento em um ritmo menos intenso do que nas últimas décadas, mas "mostrando um bom empurrão e um crescimento estável", acrescentou Ma.

O dado trimestral de hoje abre as portas para que as autoridades financeiras iniciem novas medidas de incentivo.

O Banco Popular da China (banco central do país) anunciou de surpresa uma ligeira redução das taxas de juros de 40 pontos básicos (até 5,6%) no final de novembro, pela primeira vez em mais de dois anos, e também efetuou várias injeções de liquidez nos últimos meses nas principais entidades financeiras do país. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaCrescimento econômicoDesenvolvimento econômico

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor