Economia

Nogueira equivocou-se ao negar apoio ao FMI, diz Mantega

Guido Mantega afirmou que diretor-executivo do FMI, Paulo Nogueira, equivocou-se ao negar plano de socorro à Grécia sem autorização do Ministério da Fazenda

O ministro da Fazenda, Guido Mantega: devido o voto ter sido feito “sem consulta e sem autorização do Mantega”, Paulo Nogueira foi chamado ao Brasil pelo ministro para prestar explicações sobre o ocorrido, segundo Ministério (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Reuters)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega: devido o voto ter sido feito “sem consulta e sem autorização do Mantega”, Paulo Nogueira foi chamado ao Brasil pelo ministro para prestar explicações sobre o ocorrido, segundo Ministério (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2013 às 13h04.

Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, manifestou hoje (1º) apoio ao plano de socorro à Grécia. Em conversa por telefone com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, Mantega disse que o diretor-executivo do FMI, Paulo Nogueira, que representa o Brasil e outros dez países da América Latina e Caribe naquele órgão, equivocou-se em negar apoio ao FMI sem autorização do ministério.

Nesta semana, onze países da América Latina se recusaram a apoiar a decisão do FMI, de manter o financiamento à Grécia, citando riscos de calote. Por meio de nota publicada ontem (31), o representante brasileiro revelou que a abstenção dos países foram justificados da seguinte forma: “os recentes desenvolvimentos da Grécia confirmam alguns de nossos piores temores”.

Nogueira destacou ainda que a “implementação (das medidas de recuperação) têm sido insatisfatórias em quase todas as áreas; estimativas de crescimento e da sustentabilidade da dívida continuam excessivamente otimistas.

Segundo a assessoria do Ministério da Fazenda, o voto “foi feito sem consulta e sem autorização do Mantega”. Paulo Nogueira foi chamado ao Brasil pelo ministro para prestar explicações sobre o ocorrido.

Na última segunda-feira, o Fundo aprovou a liberação de US$ 1,7 bilhão como parte de um programa de restruturação econômica que inclui também aportes da União Europeia e do Banco Central Europeu — em conjunto, eles compõem a chamada Troika. O novo crédito eleva para US$ 37,6 bilhões o total de empréstimos do FMI ao país.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaEuropaFMIGréciaGuido MantegaMinistério da FazendaPersonalidadesPiigsPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor