Economia

Mercado corta previsões para PIB e Selic e eleva as de inflação

O prognóstico para a alta do PIB em 2011 caiu pela sétima vez, passando de 3,56% na semana passada para 3,52%

Informação é do relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (Wilson Dias/ABr)

Informação é do relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2011 às 09h27.

São Paulo - O mercado financeiro cortou suas previsões para o crescimento econômico brasileiro neste ano e no próximo e também reduziu o cenário para a taxa de juro em 2012, mas elevou as estimativas para a inflação, mostrou o relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira.

O prognóstico para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 caiu pela sétima vez, passando de 3,56 por cento na semana passada para 3,52 por cento, enquanto o de 2012 recuou pela quarta vez, de 3,80 para 3,70 por cento.

A estimativa para a Selic neste ano permaneceu em 11 por cento, e para o ano que vem caiu de 11 para 10,75 por cento, na quarta queda.

Recentemente, em meio à turbulência global decorrente de temores sobre a economia mundial, sobretudo a dos Estados Unidos, analistas começaram a ver a possibilidade de um crescimento menor no Brasil. O cenário externo também levou o Comitê de Política Monetária (Copom) a surpreender o mercado em agosto, reduzindo a Selic em 0,50 ponto percentual, para 12 por cento ao ano.

O Focus acrescentou que a projeção para inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu pela quinta semana, de 6,45 por cento para 6,46 por cento, enquanto a do ano que vem foi revista pela terceira vez consecutiva, de 5,40 para 5,50 por cento.

A meta do governo para a inflação nos dois anos tem centro em 4,5 por cento e tolerância de dois pontos percentuais.

O prognóstico para o IPCA nos próximos 12 meses subiu de 5,66 para 5,71 por cento.

Apesar da aceleração dos prognósticos, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reiterou nesta manhã, em Lisboa, que há claros sinais de desaceleração no Brasil.

Segundo o Focus, a previsão para a taxa de câmbio no final deste ano passou de 1,60 real por dólar para 1,65. A projeção no final de 2012 foi mantida em 1,65 real.

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