Economia

Fotos de satélite são nova (e ótima) forma de medir riqueza

Imagens noturnas de satélite são elemento que faltava nas fórmulas para medir pobreza, dizem pesquisadores do Fed de Nova York

EXAME.com (EXAME.com)

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João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 13 de junho de 2014 às 12h45.

São Paulo - Medir o nível de <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/pobreza">pobreza</a></strong> (e riqueza) em um país não é tarefa fácil, e pode-se chegar a resultados bem diferentes dependendo do método utilizado. </p>

Pelas contas nacionais, a pobreza mundial tem caído substancialmente nos últimos anos. Pelas pesquisas de campo, nem tanto.

Um novo trabalho publicado pelo Federal Reserve Bank de Nova York em abril sugere a inclusão de um terceiro instrumento: imagens noturnas de satélites

"É intuitivo que as luzes noturnas devem refletir a atividade econômica em algum grau, já que a luz é um insumo crítico em vários processos de produção e consumo", dizem os autores Maxim Pinkovskiy e Xavier Sala-i-Martin.

A vantagem das imagens de satélite é que elas são impessoais (ao contrário das pesquisas de campo) e tem um critério único que ultrapassa fronteiras (ao contrário das contas nacionais).

Dessa forma, colocar as luzes como variável independente é uma forma de medir a correlação entre essa e as outras medidas.

Os pesquisadores fizeram isso e concluíram que as contas nacionais, afinal, fazem um trabalho melhor. As pesquisas de campo tem seu valor, mas devem entrar com apenas 18% de peso em uma fórmula ideal.

E por essa nova fórmula, associada com as luzes de satélite, as evidências apontam que as taxas de pobreza nos países em desenvolvimento tem caído muito mais rápido do que apontava a literatura até agora.
 

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