Economia

Fazenda pede para que estimativa do PIB seja desconsiderada

O ministério informou apenas que a estimativa deve ser desconsiderada até as projeções definitivas serem divulgadas, mas não deu data para a revisão dos números


	Guido Mantega fala de PIB: mesmo que a previsão de 3% de expansão do PIB fosse confirmada, as projeções do Ministério da Fazenda seriam mais otimistas que as do BC
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Guido Mantega fala de PIB: mesmo que a previsão de 3% de expansão do PIB fosse confirmada, as projeções do Ministério da Fazenda seriam mais otimistas que as do BC (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2012 às 17h23.

Brasília – Minutos depois de divulgar a redução de 4,5% para 3% da estimativa oficial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, o Ministério da Fazenda voltou atrás e disse para desconsiderar a estimativa. A projeção constava da página 35 da publicação Economia Brasileira em Perspectiva, mas a Secretaria de Política Econômica do ministério, responsável pelo documento, informou que os números estão em revisão.

Em nota oficial, o ministério informou apenas que a estimativa deve ser desconsiderada até as projeções definitivas serem divulgadas, mas não deu data para a revisão dos números. A elevação de 4,4% para 4,7% da previsão para a inflação oficial do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2012 foi mantida.

Mesmo que a previsão de 3% de expansão do PIB fosse confirmada, as projeções do Ministério da Fazenda seriam mais otimistas que as do Banco Central (BC). No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho, a autoridade monetária estimou expansão do PIB em 2,5%. Com relação ao IPCA, a estimativa para 2012 também correspondia a 4,7%.

As projeções do mercado financeiro são ainda mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada toda semana pelo Banco Central, os analistas de mercado apostam em crescimento do PIB de apenas 1,81% e IPCA de 5,11% em 2012. As instituições estimam que a inflação fechará 2013 em 5,5%.

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