Economia

BNDES lança linha de R$ 200 milhões para infraestrutura

Orçamento será realocado em um fundo especial, e será exigido, como contrapartida, que o ressarcimento pela elaboração dos projetos seja devolvido ao fundo


	Infraestrutura: nova linha do BNDES é destinada a consultorias em engenharias, que devem se submeter ao crivo da instituição.
 (Mario Rodrigues/Veja SP)

Infraestrutura: nova linha do BNDES é destinada a consultorias em engenharias, que devem se submeter ao crivo da instituição. (Mario Rodrigues/Veja SP)

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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2016 às 06h33.

Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançará uma linha, com orçamento de R$ 200 milhões, para financiar a elaboração de projetos de investimento em infraestrutura concessões ou parcerias público-privadas (PPPs), anunciou há pouco o presidente da instituição, Luciano Coutinho.

O orçamento da linha BNDES Estruturação de Projetos será alocado num fundo. Será exigido, como contrapartida, que o direito de ressarcimento pela elaboração do projeto seja pago ao fundo criado pelo BNDES.

"A ideia é que os recursos pagos possam funcionar como uma forma de realimentar o fundo para fazer novos projetos", disse Coutinho, em palestra durante jantar em homenagem aos 50 anos da Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), no Rio.

Nesta terça-feira, a nova linha será detalhada em apresentação durante seminário promovido pela ABCE, também no Rio.

Quem buscará o financiamento (não reembolsável) junto ao BNDES serão as consultorias em engenharia, que serão inicialmente selecionadas por Estados, municípios ou pelo governo federal (órgãos como ministérios e agências reguladoras dos setores de infraestrutura).

A seleção das consultorias deverá ser feita, necessariamente, no âmbito de licitações de PPPs ou concessões, que deverão incluir em suas regras o mecanismo de ressarcimento, por parte do vencedor do certame, dos custos de elaboração do projeto.

O BNDES informou que, dessa forma, assumirá o risco de a licitação não ter interessados - por isso, a seleção da consultoria, a ideia do projeto e o esboço do futuro leilão passarão pelo crivo do banco de fomento. A ideia é que o pedido da nova linha leve cerca de três meses para ser aprovado.

Nesse modelo, a consultoria de engenharia financiada não ficará devendo ao banco, informou a assessoria de imprensa da instituição.

A consultoria selecionada, que fica com o direito do ressarcimento ao fim do processo de escolha do empreendedor para executar o projeto, passa esse direito ao BNDES, que alocará os recursos no fundo.

Outra exigência, informou o BNDES, é que as consultoria ou grupos de consultorias de engenharia sejam necessariamente independentes de interessados em disputar as licitações pelas concessões ou PPPs.

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