Economia

Banco Central mantém juros em 11% ao ano

Copom decide não mexer na taxa de juros pela terceira vez seguida, o que já era esperado pelo mercado

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, fala na posse dos novos analistas do BC (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, fala na posse dos novos analistas do BC (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 19h31.

São Paulo – O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou hoje que a taxa Selic vai permanecer em 11% ao ano.

A decisão veio de acordo com o esperado por economistas e instituições financeiras, que não prevêem novas altas ainda este ano.

Foi a terceira vez seguida que o Copom decidiu pela manutenção da taxa, depois de oito aumentos seguidos em um ciclo de alta que durou um ano. 

Em março do ano passado, os juros haviam chegado a 7,25% - a mais baixa Selic da história. 

A decisão do Copom foi unânime e sem viés. A ata da reunião será divulgada na próxima quinta-feira, 11 de setembro, e o próximo encontro está marcado para os dias 28 e 29 de outubro.

Cenário

A manutenção dos juros vem alguns dias antes do IBGE anunciar o IPCA do mês de agosto, o que vai ocorrer na sexta-feira.

A inflação continua no teto da meta, mas está em trajetória de queda e o boletim Focus prevê que deve fechar o ano em 6,27%.

Enquanto isso, as expectativas de crescimento do PIB em 2014 seguem em deterioração e estão agora em 0,52%

Quando o Copom aumenta os juros, encarece o crédito e estimula a poupança, o que faz com que a demanda seja contida e faça menos pressão sobre a atividade e os preços. Cortar os juros causa o efeito contrário.

(Rodrigo Sanches/EXAME.com)

 

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