O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy: “a política fiscal ajuda na questão de o Banco Central não precisar subir tanto os juros e melhora a competitividade do país" (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 10h10.
Brasília - O ajuste fiscal é ferramenta essencial para ajudar no controle da inflação, disse hoje (13) o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Em café da manhã com jornalistas, ele disse que o controle dos gastos públicos, ao conter a demanda econômica, faz o Banco Central subir menos os juros e melhora a competitividade das empresas.
“O mix [mistura] de política fiscal e monetária é importante. Existe uma tentação, em todo o mundo, de jogar toda a responsabilidade [do controle da inflação] para a política monetária, mas há uma disposição de a política fiscal ajudar nessa questão”, declarou Levy.
Segundo Levy, a coordenação entre o Ministério da Fazenda, responsável pelo corte de gastos, e o Banco Central, responsável por ajustar a taxa Selic (juros básicos da economia), é importante para manter a inflação sob controle.
“A política fiscal ajuda na questão de o Banco Central não precisar subir tanto os juros e melhora a competitividade do país porque dá mais impulso para as empresas, inclusive para exportar”, disse.
O ministro reiterou que o ajuste fiscal ajudará o país a retomar o crescimento e a criar empregos.
No entanto, a recuperação da atividade econômica só ocorrerá depois de algum tempo, quando os empresários retomarem a confiança na economia e voltarem a investir.
“Este será um ano de ajuste, de equilíbrio. Estamos organizando tudo para a retomada do crescimento”, destacou.
Levy comparou a economia com um jogo de futebol para explicar que a retomada do crescimento demorará algum tempo.
“A economia é como um time que está sendo rearrumado no começo do segundo tempo para fazer gol. Temos fome de fazer gol, mas também precisamos ter cuidado para não tomar gol”, acrescentou.