Economia

Acompanhe o discurso de Dilma na ONU

Dilma defendeu o controle da guerra cambial entre os países e condenou o embargo econômico à Cuba

Dilma Rousseff e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, durante encontro em Nova York, nessa semana (Agência Brasil)

Dilma Rousseff e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, durante encontro em Nova York, nessa semana (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2012 às 13h36.

São Paulo – A presidente Dilma Rousseff fez hoje o discurso inicial na 67ª Assembleia-Geral da ONU. Desde 1947, o Brasil inicia os debates da ONU. A presidente fechou o texto de sua apresentação ontem, segundo assessores do governo. Em seu texto, Dilma criticou o “tsunami monetário” feito pelos países ricos, rebateu as críticas dos Estados Unidos que chamou de protecionistas medidas brasileiras, e citou temas tradicionais, como a mudança na estrutura do Conselho de Segurança da ONU. Confira como foi o discurso:

12:07 Análise: Discurso não surpreende, mas traz inconsistências

11:19 Dilma encerra seu discurso.

11:17 A presidente usa os jogos olímpicos como gancho para falar de princípios como a tolerância e propõe para as nações representadas que se deixem iluminar pela chama dos ideais olímpicos. "O fortalecimento das Nações Unidas é muito importante para essse estágio em que estamos", disse. 

11:16 Dilma fala sobre Cuba e condena o embargo econômico. "A cooperação para o progresso de Cuba é prejudicada pelo embargo econômico que, há décadas, condena sua população", disse. 

11:16 Dilma citou a existência de armas de destruição em massa. "O mundo pede, no lugar de armas, alimentos", afirmou. 

11:15 "O Brasil continua empenhado em trabalhar com seus vizinhos por um ambiente de democracia, de paz, prosperidade e justiça social", disse, citando avanços na integração do espaço latino-americano e caribenho. "Nossa região é um bom exemplo para o mundo", disse, citando a superação dos regimes autoritários que marcaram o continente. "Para nós a democracia não é um patrimônio imune a assaltos, estamos sendo firmes", disse. 

11:14 Dilma lembrou que, em 2009, o Brasil adotou metas de proteção e transformou em legislação. Dilma fez um pedido aos países desenvolvidos: "Esperamos que os países historicamente mais responsáveis pela mudança do clima e mais dotados de meios para enfrentá-la também cumpram sua parte".

11:11 Dilma lembrou da Rio+20 e agradeceu o empenho do secretário geral e do embaixador pela colaboração durante a conferência e falou sobre o documento final aprovado. "Não só preserva o legado de 1992, como constitui ponto de partida para uma agenda de desenvolvimento sustentável para o século XXI", disse. "Temos a obrigação de ouvir os alertas da ciência e da sociedade no que se refere à mudança do clima", afirmou. 

11:10 "O uso da força, sem autorização do Conselho, uma clara ilegalidade, vem ganhando ares de opção aceitável. Mas não é uma ação aceitável", disse.

11:09 Dilma defendeu a necessidade de reforma do Conselho de Segurança da ONU.

11:08 Sobre a questão Israel-Palestina, Dilma reiterou sua fala de 2011. "Apenas uma palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança nas fronteiras". Novamente, Dilma foi aplaudida. 

11:07 Dilma afirmou que o Brasil também repudia a violência que vitimou o embaixador norte-americano na Líbia. 

11:06 A presidente registrou repúdio à escalada de preconceito islamofôbico nos países ocidentais e foi aplaudida. 

11:05 Dilma lançou um apelo às partes em conflito na Síria para que se juntem aos esforços de mediação do representante da ONU. "A diplomacia e o diálogo são não só a melhor, mas a única opção", disse. 

11:03 A presidente tirou o foco da economia e passou a falar sobre o Oriente Médio e o Norte da África. "Em quase todos esses movimentos há um grito de revolta", disse Dilma. "Não é difícil encontrar nesses acontecimentos as marcas de ressentimentos históricos provocados por décadas de políticas coloniais ou neo-coloniais", disse Dilma, para quem, pouco a pouco, ficou claro o interesse econômico por trás dessas ações. 

11:01 Dilma afirmou que os níveis de emprego seguem em patamares elevados no Brasil e afirmou que o país superou a visão incorreta, que contrapõe as medidas de estímulo ao crescimento e os planos de austeridade. "A história revela que a austeridade, quando isolada do crescimento, derrota a si mesma", disse. A presidente exemplificou que, no Brasil, ao mesmo tempo que são feitas reformas estruturais na área financeira, são feitos investimentos em infraestrutura e redução na tarifa de energia, por exmeplo. "Há momentos em que não podemos escolher entre uma coisa ou outra", afirmou. 

11:00 "Meu país tem feito sua parte", disse Dilma, citando a redução do endividamente público e a retirada de pessoas da pobreza, consolidando um mercado de consumo. 

11:00 "É urgente a construção de um amplo pacto pela retomada coordenada do crescimento econômico global", afirmou. 

10:58 Dilma falou sobre a taxa de câmbio e a desvalorização das moedas dos países emergentes, como fez em seu discurso de 2011. "Não podemos aceitar que iniciativas de defesa comercial de países emergentes sejam classificadas como protecionismo", disse a presidente. Dilma defendeu o controle da guerra cambial.

10:56 Dilma afirma que quer voltar a discutir alguns pontos sobre os quais falou em seu discurso na Assembleia em 2011. A opção por políticas fiscais ortodoxas vem aumentando a recessão nas políticas desenvolvidas, com reflexos nos países emergentes, segundo Dilma. A presidente defendeu que as nações desenvolvidas ainda não acharam um caminho que combine ajustes fiscais apropriados e estimulos à demanda. "A política monetária não pode ser a única resposta", afirmou.

10:55 Dilma começa seu discurso falando que mais uma vez uma voz feminina inicia a apresentação da Assembleia e fala sobre os direitos das mulheres.

Veja aqui a transmissão do discurso.

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