Economia

6 novas previsões para o PIB brasileiro em 2012

Nessa semana o boletim Focus rebaixou novamente sua expectativa de crescimento da economia, agora para 1,75%


	Uma das projeções mais baixas para o PIB em 2012 é a do Citi – que prevê 1,4% de crescimento em 2012
 (Divulgação)

Uma das projeções mais baixas para o PIB em 2012 é a do Citi – que prevê 1,4% de crescimento em 2012 (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2012 às 09h51.

São Paulo – Apesar de alguns dados divulgados na última semana terem, aparentemente, despertado a esperança de que o PIB crescerá mais de 2% esse ano, o boletim Focus rebaixou novamente sua previsão – agora para um aumento de 1,75%. E muitos economistas seguem acreditando que a economia crescerá menos que 2% em 2012 (confira projeções na segunda página). Até o governo já admitiu essa possibilidade.

“Se o mundo cresce menos, de alguma forma você será afetado, mas o Brasil estava crescendo menos que países equivalentes”, afirmou Carlos Alberto Cinquetti, economista da Unesp. Para o professor, o Brasil estava crescendo mais por causa da demanda de outros países e menos pela sua competitividade. 

Cinquetti lista três fatores que prejudicam o PIB brasileiro, além do cenário externo: a mudança na composição da renda, para um agente que investe pouco – o governo -, as restrições institucionais que dificultam a eficiência das empresas e os atrasos na infraestrutura.  “Uma lição de casa aqui é resolver esse pontos para crescer mais adequadamente aos países na mesma condição do Brasil, por volta de 5% e não 3%”, disse. 

Uma das projeções mais baixas para o PIB em 2012 é a do Citi – que prevê 1,4% de crescimento em 2012.  Em relatório, o Citi reduziu sua projeção de crescimento para 2012 de 1,8% para 1,4% e a projeção de 2013 de 4,5% para 3,9%. A revisão reflete principalmente o baixo crescimento observado nos últimos meses e a expectativa de uma recuperação mais gradual no segundo semestre e em 2013, segundo o Citi.

O governo vem lançando diversos pacotes para estimular o consumo – e a economia – como a redução do IPI dos painéis de madeira, laminados de alta resistência e PVC para móveis. Na semana passada, o governo anunciou um pacote de investimentos em infraestrutura, o Programa de Concessões de Rodovias e Ferrovias.


“Acho belas intenções, mas de programas e PACs e belas intenções o Brasil está cheio, mas não consegue elevar seu investimento em relação ao PIB”, disse Tony Volpon, chefe de pesquisa para mercados emergentes do Nomura. Para ele, o problema é de onde vem o dinheiro. “Você tem uma sociedade que consome muito e essa ideologia que consumir é bom, tem a restrição à entrada de capital externo por causa do câmbio e um governo que não quer diminuir seu consumo. Precisa liberar recursos”, disse. 

PIB trimestral

Na próxima semana será divulgado o PIB do segundo trimestre. O HSBC e o Itaú-Unibanco acreditam que a economia vai crescer 0,5% no segundo trimestre em relação ao anterior. O Itaú Unibanco projeta uma aceleração para 1,2% no terceiro e 1,4% no quarto trimestre.

São Paulo 

A atividade econômica de São Paulo está desaquecida, segundo o Itaú-Unibanco. Houve encolhimento de 0,2% no segundo trimestre de 2012 na comparação com o primeiro trimestre, de acordo com a estimativa do banco. A atividade econômica regional é calculada a partir da relação entre dados de produção industrial, vendas no varejo e emprego formal. 

Veja seis previsões para o crescimento do PIB em 2012: 

Instituição Previsão de crescimento
Citi 1,4%
Credit Suisse 1,5%
HSBC 1,7%
Itaú-Unibanco 1,9%
Nomura 1,9%
Santander 2,2%
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