Economia

Nível de emprego na indústria é o pior já anotado, diz Fiesp

"Nem em junho de 2009, diante dos reflexos da crise econômica de 2008, a queda no número de empregos foi tão expressiva", afirmou diretor da Fiesp


	Trabalho: de acordo com a instituição, a situação deve se agravar até o fim do ano
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Trabalho: de acordo com a instituição, a situação deve se agravar até o fim do ano (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2014 às 17h00.

São Paulo - A queda de 0,64% no nível de emprego da indústria paulista em junho ante maio, divulgada na tarde desta quinta-feira, 17, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), é o pior resultado para o mês desde 2006, quando o indicador começou a ser apurado. Na ocasião, houve recuo de 0,47% no emprego da indústria no mês de junho.

"Nem em junho de 2009, diante dos reflexos da crise econômica de 2008, a queda no número de empregos foi tão expressiva", afirmou, em nota, Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, sobre o resultado de junho. Francini classificou como "inesperado" o resultado.

De acordo com a instituição, a situação deve se agravar até o fim do ano e é possível que o número de demitidos em 2014 supere o mau resultado de 2012, quando foram fechados 52 mil postos de trabalho. No ano passado, 36,5 mil profissionais foram dispensados.

Neste ano, na comparação de junho com o mesmo mês de 2013, foram contabilizadas 96,5 mil demissões. No acumulado do ano, contudo, a situação é de estabilidade, sem saldo de demissões ou contratações.

"É possível que fiquemos num número entre 2009, quando houve 112,5 mil cortes, e 2012, ou seja, variando entre 112,5 mil e 52 mil vagas eliminadas", afirmou Francini.

A Fiesp destacou, em nota, o maior número de demissões na indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias, com 3.661 vagas fechadas.

Na sequência, aparecem como destaque negativo as 2.566 demissões no setor de produtos alimentícios e os 2.562 postos de trabalho fechados na confecção de artigos do vestuário e acessórios.

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