Economia

Maduro diz que Venezuela "vai batalhar" para salvar Mercosul

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, afirmou que o país vai "batalhar" para salvar o Mercosul da "tríplice aliança" formada por Brasil, Argentina e Paraguai


	Maduro: presidente chamou de "escândalo" a tentativa do governo brasileiro de pressionar o Uruguai por apoio para tirar a Venezuela da presidência do bloco
 (Spencer Platt/Getty Images)

Maduro: presidente chamou de "escândalo" a tentativa do governo brasileiro de pressionar o Uruguai por apoio para tirar a Venezuela da presidência do bloco (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2016 às 07h45.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira que seu país "se declara em batalha" para salvar ao Mercosul da "tríplice aliança" que formam Argentina, Brasil e Paraguai, ao mesmo tempo que agradeceu ao Uruguai pela "força moral".

"A Venezuela está na batalha para salvar o Mercosul da tríplice aliança de extrema-direita que pretende destruir o bloco e agradeço ao presidente Tabaré Vázquez, ao povo do Uruguai por toda a força moral que demonstraram", disse.

O presidente fez as declarações em seu programa de rádio e televisão "Em contato com Maduro" onde também disse que pode demonstrar aos países fundadores do Mercosul que a Venezuela tem cumprido mais acordos e implementou mecanismos que os outros membros do bloco.

Maduro afirmou ser um "escândalo" que governo do Brasil tenha tentado "em vão e de maneira ilegal" pressionar o Uruguai para que integrasse à "tríplice aliança" para retirar a Venezuela da presidência do Mercosul.

O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela divulgou na segunda-feira um comunicado onde afirma que os governos da Argentina, Paraguai e do Brasil não respeitam as normas do Mercosul e persistem em "violar os tratados fundadores" do bloco.

O chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, teria dito diante de uma comissão parlamentar que o Brasil quis "comprar o voto" de seu país para que se posicionar contra a transferência da presidência do Mercosul para a Venezuela.

O ministro José Serra disse ter recebido com "profunda insatisfação e surpresa" as declarações de seu colega uruguaio. 

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