Economia

Não há necessidade de elevar taxas se desemprego atingir 7%

Autoridades esperam agora que o desemprego chegue a 7 por cento "significativamente antes do esperado"


	Fachada do Banco da Inglaterra: BC havia informado que não elevaria as taxas, na mínima histórica de 0,5 por cento, até que o desemprego caia para 7 por cento
 (Paul Hackett/Reuters)

Fachada do Banco da Inglaterra: BC havia informado que não elevaria as taxas, na mínima histórica de 0,5 por cento, até que o desemprego caia para 7 por cento (Paul Hackett/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 08h04.

Londres - O Banco da Inglaterra, banco central britânico, não vê necessidade imediata de elevar as taxas de juros, mesmo se o desemprego cair em breve para o limiar de 7 por cento no qual a instituição terá que rever sua política monetária.

A ata da reunião de política de 8 e 9 de janeiro divulgada nesta quarta-feira mostrou que as autoridades esperam agora que o desemprego chegue a 7 por cento "significativamente antes do esperado", visto que a recuperação econômica se fortaleceu na Grã-Bretanha.

Em agosto do ano passado o BC havia informado que não elevaria as taxas, na mínima histórica de 0,5 por cento, até que o desemprego caia para 7 por cento, algo que o banco previra que levaria no mínimo três anos.

Mas desde então o desemprego vem recuando com muito mais força que o banco esperava anteriormente, e nos três meses até novembro ficou em 7,1 por cento, contra expectativa de redução para 7,3 por cento.

Muitos economistas agora acham que o desemprego de 7 por cento pode ser atingido nos próximos meses --e o Comitê de Política Monetária do BC britânico foi veemente em destacar que caso isso ocorra, eles não pretendem aumentar as taxas de juros imediatamente.

Expectativas de elevação da taxa de juros na primavera (no hemisfério norte) do próximo ano já haviam causado o aperto das condições monetárias, assim como o fortalecimento da libra nos últimos meses, informou o banco.

A inflação vem desacelerando de modo mais rápido que o esperado nos últimos meses, e em dezembro atingiu sua meta de 2 por cento pela primeira vez em mais de quatro anos.

"Portanto, os membros não viram necessidade imediata de elevar as taxas do banco central mesmo se o limiar de 7 por cento no desemprego for alcançado no futuro próximo", informou a ata.

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