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Não existe intenção de privatizar Banco do Brasil e Caixa, diz Bolsonaro

Equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, discute a privatização do banco, mas presidente é contra

Jair Bolsonaro: "Da minha parte não existe qualquer intenção de pensar em privatizar Banco do Brasil e Caixa Econômica" (Adriano Machado/Reuters)

Victor Sena

Publicado em 4 de dezembro de 2019 às 12h06.

Última atualização em 4 de dezembro de 2019 às 12h08.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira que o governo não tem intenção de vender o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. O GLOBO publicou, na terça, que a equipe do ministro da Economia , Paulo Guedes, discute a privatização do Banco do Brasil. Mas segundo as fontes, o primeiro passo é convencer Bolsonaro.

"A capa do GLOBO de ontem falava sobre a privatização do Banco do Brasil. Se alguém do terceiro escalão fala aquilo, eu não tenho nada a ver com isso, eu não tenho como controlar centenas de milhares de servidores. Da minha parte não existe qualquer intenção de pensar em privatizar Banco do Brasil e Caixa Econômica", afirmou.

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Segundo fontes do ministério da Economia, o tema já foi abordado em reuniões do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), o braço de privatizações do governo federal, há duas semanas. O primeiro passo seria convencer o presidente da necessidade de incluir o banco na lista de privatizações que será enviada para o Congresso em 2020.

Na manhã desta quarta-feira, Bolsonaro afirmou também que o Brasil não está aumentando artificialmente o preço do dólar. E ressaltou que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vem vendendo dólares no mercado para diminuir o valor da moeda.

É necessária uma lei específica para privatizar Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. A avaliação inicial de integrantes da ala política do governo foi que haveria pouca resistência a uma eventual privatização do BB, gerando menos dificuldades ao governo, enquanto deputados e senadores não aceitariam vender a Caixa.

A equipe do ministro vê numa eventual privatização do Banco do Brasil uma maneira de baratear e diversificar o acesso ao crédito no país. O setor é considerado altamente concentrado e pouco competitivo por integrantes da equipe econômica.

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