Economia

"Não é que eu não queira pagar; não vai ter dinheiro", diz Bolsonaro

O presidente destacou a importância de aprovar a concessão de um crédito suplementar para o governo no valor de R$ 248,9 bilhões.

Bolsonaro: presidente afirmou que a esquerda para alcançar seus objetivos vale até prejudicar os mais pobres (Agustin Marcarian/Reuters)

Bolsonaro: presidente afirmou que a esquerda para alcançar seus objetivos vale até prejudicar os mais pobres (Agustin Marcarian/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de junho de 2019 às 18h13.

Última atualização em 10 de junho de 2019 às 13h47.

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer neste domingo, 9, que se o Congresso não aprovar o Projeto de Lei nº 4 (PLN 4), que prevê a concessão de um crédito suplementar para o governo no valor de R$ 248,9 bilhões, não haverá dinheiro para o pagamento de benefícios para aposentadorias, Bolsa Família, Pronaf e Plano Safra.

"Se não aprovar teremos problema. Não é que eu não queira pagar ninguém, não vai ter dinheiro", afirmou. Questionado sobre se o recurso destinado ao pagamento dos benefícios já não estava previsto no Orçamento, o presidente respondeu: "Está, mas a receita está bem abaixo do previsto".

Mais cedo, Bolsonaro usou o Twitter para criticar a oposição por tentar obstruir e adiar a votação do projeto na Comissão Mista de Orçamento (CMO) no Congresso nesta semana. "A oposição está trabalhando para inviabilizar o pagamento de beneficiários do Bolsa Família, idosos com deficiência, Plano Safra e Pronaf. Para alcançar seus objetivos vale até prejudicar os mais pobres", escreveu o presidente em sua conta na rede social, citando uma publicação em que o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) comemorou a obstrução.

A CMO suspendeu a sessão marcada na quarta-feira, 5, para votar o crédito extra de R$ 248,9 bilhões que o governo solicitou ao Congresso. A reunião foi interrompida para uma tentativa de acordo entre deputados e senadores, que conversam a portas fechadas na sala da presidência do colegiado. A oposição tenta derrubar a votação por meio de obstrução e exige do governo a garantia de R$ 11 bilhões para recompor orçamentos da Educação e do Minha Casa, Minha Vida, entre outros.

Bolsonaro também disse estar confiante com a aprovação da proposta de reforma da Previdência. Questionado sobre sua expectativa, afirmou ser "total". O presidente respondeu a algumas perguntas de jornalistas ao chegar ao Palácio da Alvorada, depois de passar a noite deste sábado e a tarde deste domingo na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência, com a família. Bolsonaro foi recebido no Alvorada por apoiadores e parou para cumprimentá-los e tirar fotos.

O presidente ainda foi questionado sobre sua avaliação quanto à permanência do deputado Luciano Bivar (PSL-PE) na presidência nacional do partido. "Eu não acho nada", afirmou. Segundo a revista digital Crusoé e o jornal "Folha de S. Paulo", Bivar apresentou notas fiscais frias para a Câmara dos Deputados e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Acompanhe tudo sobre:AposentadoriaAposentadoria pelo INSSJair BolsonaroReforma da Previdência

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor