Economia

Não aplicamos nenhum centavo lá fora, diz Coutinho

O presidente do BNDES negou novamente que exista consulta para que o banco invista no porto da cidade de Rocha, no Uruguai


	Luciano Coutinho: "Cem por cento do que financiamos é investido no Brasil"
 (Antonio Cruz/ABr)

Luciano Coutinho: "Cem por cento do que financiamos é investido no Brasil" (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 17h37.

Brasília - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou nesta terça-feira, 27, que os financiamentos ao exterior representam menos de 3% dos desembolsos do banco estatal no ano passado.

"Não aplicamos nenhum centavo lá fora", disse Coutinho na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados sobre a operação de financiamento à Odebrecht para a construção do porto de Mariel, em Cuba.

"Cem por cento do que financiamos é investido no Brasil", reforçou.

O empreendimento, a 45 quilômetros de Havana, está sendo construído pela Odebrecht com um investimento e US$ 957 milhões, dos quais US$ 683 milhões financiados pelo BNDES.

"É um financiamento normal: tem os custos de risco, passou regularmente por todas as instâncias, obteve seguro. Não há nada extraordinário na tramitação nesse projeto e nenhum recurso a fundo perdido", respondeu Coutinho aos deputados.

Segundo ele, a cadeia produtiva do porto de Mariel envolve 194 produtores de equipamentos e 213 serviços de engenharia, gerando 160 mil empregos diretos e indiretos no Brasil.

O presidente do BNDES negou novamente que exista consulta para que o banco invista no porto da cidade de Rocha, no Uruguai.

Para contestar as afirmações dos deputados de que o BNDES deveria investir em portos brasileiros, em vez de empreendimentos no exterior, Coutinho disse que há na carteira da instituição R$ 14,8 bilhões investidos em portos, o que permite a alavancagem de R$ 20,5 bilhões para o setor.

"O BNDES trabalhou muito para estruturar projetos em portos e está desejoso de apoiar firmemente o segmento", afirmou.

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