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Na TV, Dilma eleva tom a bancos e pede corte em juros

Presidente acha inadmissível que o Brasil continue com uma das taxas mais altas do mundo

Dilma Rousseff durante cerimônia de comemoração de 1,5 milhão de beneficiados pelo Plano Brasil sem Miséria por meio da integração de programas sociais (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2012 às 21h03.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff elevou o tom na guerra do governo para que bancos privados reduzam os juros cobrados a consumidores, instou as instituições a seguir movimento de cortes anunciado pelos concorrentes públicos e disse ser inadmissível que o Brasil continue com uma das taxas mais altas do mundo.

A guerra para a redução das taxas se intensificou nas últimas semanas, com Banco do Brasil e Caixa anunciando cortes nos juros numa tentativa de forçar uma redução por bancos privados, que acompanharam em parte o movimento.

Em pronunciamento em rádio e televisão dominado pela temática econômica, Dilma disse que o governo tem uma "posição firme" para a redução dos juros e foi direta na mensagem às instituições privadas.

"É inadmissível que o Brasil, que tem um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos, continue com um dos juros mais altos do mundo", disse Dilma durante pronunciamento em comemoração ao Dia do Trabalho, transmitido na noite desta segunda-feira.

"A economia brasileira só será plenamente competitiva quando nossas taxas de juros, seja para o produtor seja para o consumidor, se igualarem às taxas praticadas no mercado internacional".

Além de usar os bancos estatais como arma para forçar a redução das taxas, o governo tem tido a colaboração do Banco Central, que tem cortado sistematicamente a taxa básica de juros brasileira, hoje em 9 por cento.

"Os bancos não podem continuar cobrando os mesmos juros para empresas e para o consumidor, enquanto a taxa básica Selic cai, a economia se mantém estável e a maioria esmagadora dos brasileiros honra com presteza e honestidade os seus compromissos", disse.

"O setor financeiro, portanto, não tem como explicar essa lógica perversa aos brasileiros".

Dilma e outros integrantes do governo vêm demonstrando publicamente desagrado com as taxas de juros e o spread bancário -a diferença entre o valor pago pelos bancos para captar recursos e o cobrado pelos tomadores de crédito.

A presidente disse ainda que o governo vai continuar buscando meios para baixar os impostos e voltou a citar a defesa dos empregos da indústria.

"Para que nosso país tenha uma economia mais forte, é preciso ainda que encontremos mecanismos que permitam uma diminuição equilibrada dos impostos para produtos e para consumidores", disse.

"E que tenhamos uma taxa de câmbio que defenda nossa indústria e nossa agricultura, em suma, os nossos empregos".

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff elevou o tom na guerra do governo para que bancos privados reduzam os juros cobrados a consumidores, instou as instituições a seguir movimento de cortes anunciado pelos concorrentes públicos e disse ser inadmissível que o Brasil continue com uma das taxas mais altas do mundo.

A guerra para a redução das taxas se intensificou nas últimas semanas, com Banco do Brasil e Caixa anunciando cortes nos juros numa tentativa de forçar uma redução por bancos privados, que acompanharam em parte o movimento.

Em pronunciamento em rádio e televisão dominado pela temática econômica, Dilma disse que o governo tem uma "posição firme" para a redução dos juros e foi direta na mensagem às instituições privadas.

"É inadmissível que o Brasil, que tem um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos, continue com um dos juros mais altos do mundo", disse Dilma durante pronunciamento em comemoração ao Dia do Trabalho, transmitido na noite desta segunda-feira.

"A economia brasileira só será plenamente competitiva quando nossas taxas de juros, seja para o produtor seja para o consumidor, se igualarem às taxas praticadas no mercado internacional".

Além de usar os bancos estatais como arma para forçar a redução das taxas, o governo tem tido a colaboração do Banco Central, que tem cortado sistematicamente a taxa básica de juros brasileira, hoje em 9 por cento.

"Os bancos não podem continuar cobrando os mesmos juros para empresas e para o consumidor, enquanto a taxa básica Selic cai, a economia se mantém estável e a maioria esmagadora dos brasileiros honra com presteza e honestidade os seus compromissos", disse.

"O setor financeiro, portanto, não tem como explicar essa lógica perversa aos brasileiros".

Dilma e outros integrantes do governo vêm demonstrando publicamente desagrado com as taxas de juros e o spread bancário -a diferença entre o valor pago pelos bancos para captar recursos e o cobrado pelos tomadores de crédito.

A presidente disse ainda que o governo vai continuar buscando meios para baixar os impostos e voltou a citar a defesa dos empregos da indústria.

"Para que nosso país tenha uma economia mais forte, é preciso ainda que encontremos mecanismos que permitam uma diminuição equilibrada dos impostos para produtos e para consumidores", disse.

"E que tenhamos uma taxa de câmbio que defenda nossa indústria e nossa agricultura, em suma, os nossos empregos".

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