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Comércio segue indústria e passa outubro sem sinal de reação

Taxa de crescimento do varejo em outubro, ante setembro, não passa de 0,06%

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h56.

Depois da indústria, é a vez do comércio emitir sinais de que o último trimestre do ano não deve recuperar o prejuízo que a política monetária causou ao Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, quando forçou uma queda de 1,2% na comparação com o período anterior. O dado divulgado nesta quarta-feira (14/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reforça a lista de argumentos de quem defende um corte menos cauteloso da taxa básica de juros hoje no início da noite.

Pelo critério de volume de vendas, descontadas as variações específicas dessa época do ano, o desempenho do comércio varejista em outubro foi estável (alta de 0,06% na comparação com setembro), muito distante de qualquer coisa parecida com recuperação. Segundo o instituto, só se saíram bem os segmentos de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, mesmo assim com uma expansão tímida, de 0,38%.

Esses ramos obtiveram um aumento no volume de vendas de 1,43% sobre outubro de 2004. Ao mesmo tempo em que mantém uma seqüência de seis taxas mensais positivas, esse desempenho indica uma quebra de ritmo de crescimento da atividade. Em setembro, o mesmo indicador havia alcançado 3,86%.

Segundo o IBGE, a desaceleração pode ser explicada pelo comportamento anualizado do rendimento do trabalho, também decrescendo. De uma alta acumulada de 3,7% em agosto, a renda média caiu para 2% em setembro e para 1,8% em outubro. Em termos de receita nominal, o comércio faturou em outubro 0,29% mais do que em setembro.

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