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Mudanças na reforma terão de ser compensadas, diz Meirelles

O ministro afirmou que a equipe econômica ainda faz os cálculos sobre a economia fiscal que será gerada com as novas proposta

Henrique Meirelles: ele disse que as mudanças no projeto terão de ser compensadas (Adriano Machado/Reuters Brazil)
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Reuters

Publicado em 9 de novembro de 2017 às 11h40.

Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles , afirmou nesta quinta-feira que as mudanças que forem feitas na proposta de reforma da Previdência terão de ser compensadas com outras medidas para que os efeitos fiscais continuem beneficiando a economia.

"Qualquer mudança que diminua o benefício fiscal (da reforma da Previdência) terá de ser compensado", afirmou a jornalistas o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, após participar de encontro com o presidente Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e lideranças políticas.

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O ministro afirmou que a equipe econômica ainda faz os cálculos sobre a economia fiscal que será gerada com as novas propostas da reforma, mas disse que espera ser maior do que a metade do que era esperado com o projeto original do governo, de cerca de 800 bilhões de reais.

"Os juros e a inflação caíram muito porque as reformas estão sendo aprovadas e, principalmente, porque o teto dos gastos foi aprovado", afirmou o ministro. "Para o teto ser sustentável ao longo do tempo, é muito importante fazer a reforma da Previdência".

Meirelles disse ainda que alguns pontos são importantes na reforma, como a idade mínima para aposentadoria e o fim de privilégios, além de manter o período de transição "como está colocado" e mexer na dupla aposentadoria.

O ministro argumentou que o governo ainda defende a proposta da reforma da Previdência que foi aprovada em comissão especial, mas repetiu que os parlamentares podem fazer as modificações que acharem importantes.

"Foi consolidado o entendimento... de que é necessário votarmos a reforma da Previdência o mais rápido possível", afirmou ele, acrescentando que espera ver a matéria aprovada até o final do ano pela Câmara dos Deputados.

Em paralelo, o relator da reforma na Câmara dos Deputados, Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA), afirmou que colocará em seu texto o tempo de transição de 15 anos e que a idade mínima maior para aposentadoria prevista no projeto não será alterada. Oliveira Maia também participou da reunião com Temer, Meirelles e outras lideranças.

Nesta semana, o governo fez uma verdadeira força-tarefa para tentar angariar apoio político e tentar votar, mesmo que apenas alguns pontos, a reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas do país em ordem.

O movimento veio após Temer dar a entender, no início da semana, que teria desistido de aprovar a reforma, causando reações negativas nos mercados financeiros.

 

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