Mudanças em reforma terão impacto de 20% na economia, diz relator
De acordo com o deputado Arthur Maia, a economia com a reforma da Previdência será de cerca de 630 bilhões de reais
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2017 às 14h51.
Última atualização em 18 de abril de 2017 às 15h40.
Brasília - O relator da reforma da Previdência , deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse nesta terça-feira, 18, que a economia esperada com a reforma da previdência passou de R$ 800 bilhões para R$ 630 bilhões, por conta das concessões que foram feitas ao texto original.
Maia confirmou oficialmente que a última mudança feita foi em relação à idade mínima para as mulheres que será de 62 anos, enquanto que para os homens ficará como na proposta original: 65.
"Teremos redução em torno de 20% na economia esperada com a reforma em 10 anos. Ou seja, 80% daquilo que nos propusemos a fazer, no primeiro momento, foi mantido", disse, em coletiva no Palácio do Planalto, após reunião com o presidente Michel Temer e senadores da base aliada.
Maia disse ainda que essa diferença de 20% corresponde ao custo que o governo assumiu "através de propostas de parlamentares. "Mas tudo que foi acordado foi na direção de atender os mais pobres, os menos favorecidos", destacou.
O relator afirmou ainda que a modificação na idade mínima de 62 anos para as mulheres "é um avanço" e um "reconhecimento" para o gênero, que ainda faz a chamada dupla jornada, com trabalho em casa e fora. "Embora reconhecendo que existe um avanço social em relação a realidade, é razoável que se mantenha ainda menor", disse.
O relator destacou ainda que saiu satisfeito com a "receptividade" do substitutivo que redigiu e afirmou que "o parecer da proposta de reforma da previdência foi debatido com a sociedade". "Todos os brasileiros têm os olhos voltados para Brasília, na reforma", completou.
Segundo Oliveira Maia, com as mudanças o governo também poderá mudar o discurso "daqueles que são contra a reforma" de que as pessoas precisariam de 49 anos para se aposentar.
Ele lembrou a PEC enviada pelo Executivo propunha que fosse pago na aposentadoria 51% do valor médio de salários recebidos e mais 1% ao ano. "Essa proposição gerou na verdade uma fala, um discurso daqueles que são contra a reforma, um tanto maliciosa", disse.