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MT, PR e SC sofrem com desabastecimento, diz Sindicom

Cidades registram pontos de desabastecimento de combustíveis devido aos protestos promovidos por transportadores e caminhoneiros em rodovias, diz sindicato

Bomba de gasolina: o problema "pode se transformar em uma situação bem mais grave", diz sindicato (Jeff Pachoud/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 22h40.

Rio de Janeiro - Cidades de Mato Grosso , Paraná e Santa Catarina registram pontos de desabastecimento de combustíveis devido aos protestos promovidos por transportadores e caminhoneiros em rodovias do Brasil, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom).

"Por enquanto são algumas cidades mais afetadas, algumas cidades menores e mais distantes de pontos de suprimentos", afirmou o diretor de Abastecimento do Sindicom, Luciano Libório.

"Mas se permanecer mais um, dois dias, pode se transformar em uma situação bem mais grave", frisou.

Os protestos promovidos por transportadores e caminhoneiros contra os baixos preços de frete e os custos com combustíveis prejudicam também o transporte de outras cargas, incluindo produtos alimentícios, e o escoamento de produtos do agronegócio em diversos Estados brasileiros nesta segunda-feira.

Segundo o Sindicom, os bloqueios quase impediram o abastecimento do aeroporto de Foz do Iguaçu, no Paraná, com querosene de aviação, no domingo. De acordo com Libório, foi necessário pedir ajuda da Polícia Rodoviária, que ajudou com um comboio para o combustível chegar ao local.

"Mas como o bloqueio permanece, a gente tem preocupação tanto com o aeroporto de Foz do Iguaçu quanto com clientes de postos da região", afirmou.

Entretanto, os problemas mais sérios para abastecimento, segundo Libório, estão em Mato Grosso, principalmente do centro do Estado, onde está a capital Cuiabá, para o norte. O Estado já registra bloqueios há mais tempo.

"Não conseguimos chegar com suprimento em Cuiabá porque o produto de lá vem normalmente de Paulínia (SP) e de outras bases via caminhão", afirmou Libório, destacando que não há ferrovias ou dutos que possam transportar combustíveis na região. "Cuiabá está bastante prejudicado e a gente está tendo problema com clientes, e já existiam bases, desde sexta-feira, mais ao norte, tipo Sinop, que já estavam sofrendo com isso." Libório destacou ainda que os protestos em Mato Grosso e no oeste do Paraná podem afetar a região metropolitana de Curitiba e parte do Estado de São Paulo. Isso porque as regiões isoladas pelas manifestações abastecem os dois locais com biodiesel e etanol.

"O efeito é mais retardado, porque a gente consegue redirecionar retirada, tem estoque, mas a gente não sobrevive a um bloqueio como esse de três, quatro dias seguidos", afirmou.

Outros Estados, como Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, também sofrem alguns problemas em função dos protestos, mas em escala menor em relação a Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina, segundo o diretor do Sindicom.

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Rio de Janeiro - Cidades de Mato Grosso , Paraná e Santa Catarina registram pontos de desabastecimento de combustíveis devido aos protestos promovidos por transportadores e caminhoneiros em rodovias do Brasil, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom).

"Por enquanto são algumas cidades mais afetadas, algumas cidades menores e mais distantes de pontos de suprimentos", afirmou o diretor de Abastecimento do Sindicom, Luciano Libório.

"Mas se permanecer mais um, dois dias, pode se transformar em uma situação bem mais grave", frisou.

Os protestos promovidos por transportadores e caminhoneiros contra os baixos preços de frete e os custos com combustíveis prejudicam também o transporte de outras cargas, incluindo produtos alimentícios, e o escoamento de produtos do agronegócio em diversos Estados brasileiros nesta segunda-feira.

Segundo o Sindicom, os bloqueios quase impediram o abastecimento do aeroporto de Foz do Iguaçu, no Paraná, com querosene de aviação, no domingo. De acordo com Libório, foi necessário pedir ajuda da Polícia Rodoviária, que ajudou com um comboio para o combustível chegar ao local.

"Mas como o bloqueio permanece, a gente tem preocupação tanto com o aeroporto de Foz do Iguaçu quanto com clientes de postos da região", afirmou.

Entretanto, os problemas mais sérios para abastecimento, segundo Libório, estão em Mato Grosso, principalmente do centro do Estado, onde está a capital Cuiabá, para o norte. O Estado já registra bloqueios há mais tempo.

"Não conseguimos chegar com suprimento em Cuiabá porque o produto de lá vem normalmente de Paulínia (SP) e de outras bases via caminhão", afirmou Libório, destacando que não há ferrovias ou dutos que possam transportar combustíveis na região. "Cuiabá está bastante prejudicado e a gente está tendo problema com clientes, e já existiam bases, desde sexta-feira, mais ao norte, tipo Sinop, que já estavam sofrendo com isso." Libório destacou ainda que os protestos em Mato Grosso e no oeste do Paraná podem afetar a região metropolitana de Curitiba e parte do Estado de São Paulo. Isso porque as regiões isoladas pelas manifestações abastecem os dois locais com biodiesel e etanol.

"O efeito é mais retardado, porque a gente consegue redirecionar retirada, tem estoque, mas a gente não sobrevive a um bloqueio como esse de três, quatro dias seguidos", afirmou.

Outros Estados, como Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, também sofrem alguns problemas em função dos protestos, mas em escala menor em relação a Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina, segundo o diretor do Sindicom.

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