Exame Logo

Movimentos em shoppings caem até 25% em dias de rolezinho

Presidente da Alshop disse que "rolezinhos" afetam a atividade do varejo

Jovens se encontram no rolezinho do shopping Metro Itaquera: manifestações de junho do ano passado trouxeram muito mais prejuízo do que esses movimentos que acontecem hoje (Reprodução/ Youtube)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 09h06.

São Paulo - A associação brasileira de lojistas de shoppings , Alshop, estimou nesta quarta-feira que o movimento nos estabelecimentos em dias de "rolezinhos" -- encontros de jovens adolescentes organizados nas redes sociais -- tenha caído pelo menos 25 por cento, afetando o faturamento das lojas.

"Tivemos reclamações de vendedores dentro dessas lojas, com comissões diminuindo", disse o presidente da associação, Nabil Sahyoun, sem precisar o impacto financeiro estimado pela entidade.

Em coletiva de imprensa, ele afirmou que os "rolezinhos" afetam a atividade do varejo, ressalvando, por outro lado, "que as manifestações de junho do ano passado trouxeram muito mais prejuízo do que esses movimentos que acontecem hoje".

Sahyoun acrescentou que a orientação dada aos shoppings é que permitam a livre entrada de pessoas. Diante dos "rolezinhos", os empreendimentos decidem individualmente como agir. "Cada um tem seu critério para permitir a ocorrência ou não. Com 'rolezinho' de 30 a 40 pessoas, alguns podem optar por manter (as portas abertas)", disse.

Com mais gente, afirmou Sahyoun, os centros de compra podem optar pelo fechamento para não terem que responder por problemas ocorridos em "evento de 1 mil, 2 mil pessoas".

Separadamente, os shoppings evitam comentar sobre os prejuízos causados pelos encontros dos jovens. No domingo, o shopping Leblon, no Rio de Janeiro, administrado pela Aliansce, decidiu não abrir as portas depois que um "rolezinho" foi marcado naquela data.


A assessoria de imprensa do empreendimento não deu informações sobre prejuízos, limitando-se a informar que o shopping recebe, em média, 700 mil visitantes ao mês. Mas que ao domingos o número costuma ser menor, já que o shopping abre mais tarde, às 15h.

O shopping Itaquera, em São Paulo, informou que já investiu 300 mil reais em segurança, treinamento e advogados por causa dos encontros, valor que não estava previsto em seu plano de negócios. No dia 11, a Polícia Militar reprimiu um "rolezinho" no local com gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Entre outros empreendimentos onde ocorreram os encontros estão o JK Iguatemi, da Iguatemi, Shopping Campo Limpo, da Sonae Sierra, Internacional Shopping Guarulhos, da General Shopping e Plaza Niterói, da BR Malls.

Sahyoun avaliou que a reunião de milhares de jovens nos estabelecimentos representa antes um risco em função dos tumultos do que uma oportunidade de aumentar as vendas com a alta concentração de pessoas.

"Shopping não é bandido e adolescente é mocinho, todos podem entrar. Mas eles não podem convocar 10 mil pessoas para entrar no empreendimento ao mesmo tempo ... Virão ações contra o empreendimento se alguma fatalidade ocorrer", disse.

A Alshop revelou que o governo do Estado de São Paulo está levantando áreas disponíveis para a realização de shows, com o objetivo de disponibilizar locais para o encontro do público que frequenta os "rolezinhos".

O presidente da associação se encontrou com o governador Geraldo Alckmin na véspera. Para o dia 29, está pré-agendada uma reunião com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, revelou Sahyoun.

Veja também

São Paulo - A associação brasileira de lojistas de shoppings , Alshop, estimou nesta quarta-feira que o movimento nos estabelecimentos em dias de "rolezinhos" -- encontros de jovens adolescentes organizados nas redes sociais -- tenha caído pelo menos 25 por cento, afetando o faturamento das lojas.

"Tivemos reclamações de vendedores dentro dessas lojas, com comissões diminuindo", disse o presidente da associação, Nabil Sahyoun, sem precisar o impacto financeiro estimado pela entidade.

Em coletiva de imprensa, ele afirmou que os "rolezinhos" afetam a atividade do varejo, ressalvando, por outro lado, "que as manifestações de junho do ano passado trouxeram muito mais prejuízo do que esses movimentos que acontecem hoje".

Sahyoun acrescentou que a orientação dada aos shoppings é que permitam a livre entrada de pessoas. Diante dos "rolezinhos", os empreendimentos decidem individualmente como agir. "Cada um tem seu critério para permitir a ocorrência ou não. Com 'rolezinho' de 30 a 40 pessoas, alguns podem optar por manter (as portas abertas)", disse.

Com mais gente, afirmou Sahyoun, os centros de compra podem optar pelo fechamento para não terem que responder por problemas ocorridos em "evento de 1 mil, 2 mil pessoas".

Separadamente, os shoppings evitam comentar sobre os prejuízos causados pelos encontros dos jovens. No domingo, o shopping Leblon, no Rio de Janeiro, administrado pela Aliansce, decidiu não abrir as portas depois que um "rolezinho" foi marcado naquela data.


A assessoria de imprensa do empreendimento não deu informações sobre prejuízos, limitando-se a informar que o shopping recebe, em média, 700 mil visitantes ao mês. Mas que ao domingos o número costuma ser menor, já que o shopping abre mais tarde, às 15h.

O shopping Itaquera, em São Paulo, informou que já investiu 300 mil reais em segurança, treinamento e advogados por causa dos encontros, valor que não estava previsto em seu plano de negócios. No dia 11, a Polícia Militar reprimiu um "rolezinho" no local com gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Entre outros empreendimentos onde ocorreram os encontros estão o JK Iguatemi, da Iguatemi, Shopping Campo Limpo, da Sonae Sierra, Internacional Shopping Guarulhos, da General Shopping e Plaza Niterói, da BR Malls.

Sahyoun avaliou que a reunião de milhares de jovens nos estabelecimentos representa antes um risco em função dos tumultos do que uma oportunidade de aumentar as vendas com a alta concentração de pessoas.

"Shopping não é bandido e adolescente é mocinho, todos podem entrar. Mas eles não podem convocar 10 mil pessoas para entrar no empreendimento ao mesmo tempo ... Virão ações contra o empreendimento se alguma fatalidade ocorrer", disse.

A Alshop revelou que o governo do Estado de São Paulo está levantando áreas disponíveis para a realização de shows, com o objetivo de disponibilizar locais para o encontro do público que frequenta os "rolezinhos".

O presidente da associação se encontrou com o governador Geraldo Alckmin na véspera. Para o dia 29, está pré-agendada uma reunião com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, revelou Sahyoun.

Acompanhe tudo sobre:ComércioRolezinhoShopping centersVarejo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame