Moreira Franco: "Está subindo demais. Já tinha conversado anteriormente com o presidente [da Petrobras] Pedro Parente" (Adriano Machado/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 18 de maio de 2018 às 15h41.
Última atualização em 18 de maio de 2018 às 15h41.
O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, disse hoje (18) que é preciso discutir o preço dos combustíveis no país. Ele avaliou que o preço "está subindo demais", e revelou que medidas como a redução de impostos já estão em discussão.
"Está subindo demais. Já tinha conversado anteriormente com o presidente [da Petrobras] Pedro Parente. Cheguei até, em determinado momento, a conversar com o presidente do Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica], porque havia alguma distorção que ninguém entendia e é fundamental que as pessoas entendam".
Segundo o ministro, a Petrobras pratica uma política preços correta, mas é preciso entender que a composição do preço envolve outros fatores. "Então, temos que, juntos, entrar na discussão desses outros fatores, porque a gasolina, e o combustível de modo geral, sobretudo o gás de cozinha, não é um bem conspícuo".
Para o ministro, os impostos são muito elevados e, segundo ele, já está em discussão a possibilidade de reduzir o PIS/Cofins e o ICMS. A discussão sobre o preço dos combustíveis, na visão dele, também deve envolver a Petrobras, pela sua importância como fornecedora.
"É uma questão do governo, mas ela [a Petrobras] como elemento importante e fornecedora de um bem fundamental, tem que dar a sua experiência, contribuição e avaliação da realidade para que possamos ter uma politica de preço que seja justa".
Durante palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro, Moreira Franco também considerou que a carga tributária sobre a energia elétrica no Brasil é "absolutamente extorsiva". "Somos a quinta energia mais cara do mundo, o que é uma coisa muito preocupante. Isso se torna mais preocupante porque o cliente pega a sua conta e não entende como é a composição de preço da energia", disse, citando a cobrança do ICMS.