Economia

Moody's adverte para freio na melhora da dívida na AL

Um dos analistas sênior da agência de qualificação destacou no relatório que não antecipam "mudanças significativas" nas condições macroeconômicas da região


	Moody's: publicação de estudo da Moody"s sobre perspectivas da dívida soberana coincide com algumas recentes reduções de qualificações de dívida na América Latina
 (©afp.com / Emmanuel Dunand)

Moody's: publicação de estudo da Moody"s sobre perspectivas da dívida soberana coincide com algumas recentes reduções de qualificações de dívida na América Latina (©afp.com / Emmanuel Dunand)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 19h17.

Nova York - A agência Moody's advertiu nesta terça-feira que a melhora da qualidade creditícia dos governos da América Latina e do Caribe vai diminuir, motivo pelo qual as políticas econômicas serão decisivas para sustentar as qualificações.

Em um relatório divulgado hoje, a Moody's alerta para uma redução em geral do crescimento econômico e para condições externas menos favoráveis, e, por isso, a política econômica de cada país terá "um papel crítico" na hora de manter a nota de cada dívida nacional.

Mesmo assim, um dos analistas sênior da agência de qualificação, Jaime Rausche, destacou no relatório que não antecipam "mudanças significativas" nas condições macroeconômicas da região.

"Muitos dos governos fizeram melhoras em matéria de reformas estruturais, reforçando a sustentabilidade fiscal e mantendo ratings de dívida pública moderados", ressaltou o analista.

A publicação deste novo estudo da Moody's sobre as perspectivas da dívida soberana da região coincide com algumas recentes reduções de qualificações de dívida na América Latina.

Hoje mesmo, a agência Fitch anunciou um rebaixamento da qualificação da dívida da Venezuela, enquanto o Brasil viu nesta segunda-feira a Standard and Poor"s fazer o mesmo com a sua (de BBB para BBB-), e a Argentina sofreu um rebaixamento na semana passada da própria Moody's.

Segundo esta agência de qualificação, é "altamente provável" que o crescimento econômico da região seja inferior ao da última década, mesmo se alguns países alcançarem em 2014 um aumento de sua atividade econômica em relação ao ano passado.

Além disso, e devido ao fato que as condições externas serão menos favoráveis, o crescimento dependerá mais de fatores internos, acrescenta o relatório.

Segundo a Moody's, as estimativas apontam que o crescimento econômico médio da região se situará em 3% durante 2014, embora esse número deva ser menor nos países da América Central e do Caribe.

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