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Modelo usado na Índia pode ajudar competitividade no Brasil

Rubens Barbosa conta o que a Índia fez para acelerar competitividade - e Brasil poderia copiar

Romer durante o EXAME Fórum 2012 (Marcelo Sparafora)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2012 às 17h09.

São Paulo – A Índia, com todos seus problemas de infraestrutura, tem uma lição simples para melhorar a eficiência que o Brasil poderia aproveitar. Esse exemplo são as zonas de reforma implantadas no país.

A avaliação é de Rubens Barbosa, presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da FIESP e ex-embaixador do Brasil em Washington. “A Índia tem uma agenda política muito parecida com a do Brasil, com necessidade de reformas trabalhistas, tributárias e melhorias na infraestrutura. O congresso lá também é muito atrasado para aprovar o que precisa, então essa foi a solução que eles encontraram”, disse ao participar do EXAME Fórum , em São Paulo.

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As zonas de reforma são regiões definidas pelo governo da Índia que tiveram liberdade para aplicar medidas tributárias e outras necessárias para acelerar crescimento, já que demoraria muito esperar aprovações do congresso.

Paul Romer, professor de economia da University of New York Stern School of Business, também conhece o modelo e sugeriu uma adaptação para o país. “O que existe é a oportunidade de aplicar esse modelo aqui em regiões maiores”, disse.

Competitividade

Essa ou outras medidas nesse sentido são necessárias para melhorar a competitividade do país. Estudo recente do Fórum Econômico Mundial mostrou que o Brasil subiu cinco posições no ranking mundial de competitividade, mas ainda continua numa posição muito baixa.

Ao responder se o Brasil corre o risco de perder algumas indústrias para recuperar a competitividade, José Roberto Mendonça de Barros, sócio e consultor da MB Associados, disse que sim, existe essa chance. “A estrutura industrial vai ser diferente, mas não necessariamente menor”, disse. Uma das ideias defendidas é que o Brasil precisa buscar oportunidades e nichos.

Mas o Brasil também tem pontos positivos nessa questão, como lembrou José Antônio do Prado Fay, presidente da Brasil Foods. “Temos que destacar o que temos de bom. Por trás do agronegócio brasileiro, por exemplo, temos a Embrapa”, disse.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária desenvolve inovações e tecnologias para o setor. “Hoje temos mais tecnologia na asa de um frango do que na de um avião”, brinca Fay para dar dimensão do papel da empresa.

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