Economia

Dyogo Oliveira fala em descongelar até R$ 10 bilhões

As declarações foram feitas após apresentação em um Fórum organizado pela Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo

Dyogo Oliveira, Ministro do Planejamento, em evento da FGV em São Paulo (11/09/2017) (João Pedro Caleiro/Site Exame)

Dyogo Oliveira, Ministro do Planejamento, em evento da FGV em São Paulo (11/09/2017) (João Pedro Caleiro/Site Exame)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 11 de setembro de 2017 às 11h39.

Última atualização em 11 de setembro de 2017 às 13h23.

São Paulo - O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, disse nesta segunda-feira (11) que o governo pretende divulgar ainda este mês os volumes de descontingenciamento de despesas.

Sua expectativa é que liberar um número entre R$ 8 bilhões e 10 bilhões dos gastos previamente congelados no Orçamento seja suficiente para manter o funcionamento regular dos órgãos sem causar problemas.

As declarações foram feitas após apresentação em um Fórum organizado pela Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo.

Ele disse que “claramente a grande recessão acabou” e citou a melhora nas expectativas de mercado captadas pelo Boletim Focus divulgado hoje.

A projeção de crescimento foi para 0,6% em 2017 e para 2,1% em 2018 na mediana, em ambos os casos uma melhora de 0,10 ponto percentual ante o levantamento anterior.

O ministro citou como fatores positivos a melhora do mercado de trabalho, queda do risco país e redução do endividamento das famílias.

Destacou também a queda da inflação e dos juros, avaliando que o processo terá um motor extra da aprovação da nova taxa de juros do BNDES.

"Há ainda bastante espaço para uma politica monetária flexível nos próximos meses e talvez até anos".

Ele confirmou que o governo pediu uma devolução de recursos do BNDES para garantir o cumprimento da "regra de ouro", que o governo não pode se endividar para bancar despesas correntes.

Mesmo com a melhora recente das projeções, o ministro avalia que levará pelo menos 10 anos para o país voltar ao PIB real de 2014 e cerca de 12 a 13 anos para volta ao PIB per capita real de 2014.

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