Economia

Ministro diz que Brasil não é responsável por alta dos alimentos

Titular da Agricultura, Wagner Rossi disse que Brasil consegue produzir alimentos com um preço baixo por ser mais eficiente que outros países

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, criticou os países ricos por pressionarem o Brasil (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, criticou os países ricos por pressionarem o Brasil (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2011 às 13h05.

São Paulo - A pressão internacional sobre o preço dos alimentos é resultado de vários fatores sobre os quais o Brasil não tem culpa, segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. Hoje, ele participou de reunião do Conselho Superior de Agronegócio (Cosag) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). De acordo com Rossi, o país não levou a especulação financeira para o mercado de commodities agrícolas nem aumentou os preços dos alimentos.

“O produtor brasileiro foi penalizado durante anos”, afirmou Rossi. “Só que somos eficientes e produzimos com custo baixo, colocando o produto no mercado a um preço justo. E isso cria problemas para aquelas agriculturas que são altamente subsidiadas nos países ricos. O feijão e o arroz, que são a base da alimentação do brasileiro, estão abaixo do preço mínimo. Estamos tendo que apoiar o produtor para que ele receba o preço mínimo, que não cobre todos os custos.”

O ministro disse que a oferta de alimentos está baixa em relação à demanda porque houve melhoria de renda e de qualidade de vida nos países asiáticos e latino-americanos. “Isso é bom, o povo quer comer melhor. Com isso, o Brasil que é o grande fornecedor mundial de proteínas, pode ter uma recompensa pelo seu esforço produtivo. Não estamos gerando nenhuma pressão”.

Rossi afirmou ainda que durante décadas, enquanto os preços estavam achatados, nunca houve nenhum presidente de países ricos que propusesse a garantia de preços para os produtores dos países em desenvolvimento. “Agora que os países emergentes, entre os quais o Brasil, têm esse protagonismo produtivo, eles querem limitar os ganhos modestos do produtor brasileiro. Quem está ganhando com isso é o especulador no mercado de commodities agrícolas.”

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