Economia

Ministro descarta intervir em demissões no setor automotivo

As demissões na Volkswagen e Mercedes-Benz são localizadas e não justificam uma ação direta do governo, segundo o ministro do Desenvolvimento

Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 19h59.

Brasília - As demissões nas montadoras Volkswagen e Mercedes-Benz são localizadas e não justificam ação direta do governo, disse hoje (7) o novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto.

Em entrevista aos jornalistas após tomar posse, ele declarou que as empresas e os sindicatos estão perto de encontrar uma solução negociada.

“Não há nenhum problema de caráter mais sistêmico que justifique qualquer ação direta do governo. Existem de 130 mil a 140 mil trabalhadores no setor automotivo. Podemos considerar essas demissões ainda extremamente limitadas”, destacou.

“Estamos acompanhando a questão com toda a atenção, mas não há nada que justifique a intervenção do governo.”

De acordo com o ministro, a questão deve ser administrada pelas próprias empresas e pelas entidades sindicais.

“Isso [as demissões] é algo que deve cingir na relação entre as empresas e os sindicatos. Na Volkswagen, sei que existe a disposição de as empresas flexibilizarem a posição para encontrar um denominador. Na Mercedes-Benz, as demissões são algo pequeno, pouco expressivo”, destacou.

Trabalhadores das duas montadoras voltaram a cruzar os braços hoje (7) em protesto contra as demissões.

A Mercedes Benz dispensou 244 funcionários de um total de 11 mil empregados, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A Volkswagem demitiu 800 trabalhadores de um total de 13 mil.

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