Economia

Mineradoras e siderúrgicas fecham acordo para reajustes trimestrais

Contratos deixam de ser corrigidos anualmente; preços sobem entre 90% e 100% em abril

Siderúrgicas e mineradoras assinaram acordo que encerra ciclo de reajustes anuais (.)

Siderúrgicas e mineradoras assinaram acordo que encerra ciclo de reajustes anuais (.)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de março de 2010 às 09h05.

São Paulo - Mineradoras multinacionais e as principais siderúrgicas asiáticas chegaram a um acordo e estabeleceram um aumento recorde nos preços do minério de ferro. Pelos contratos, as empresas pagarão entre 110 e 120 dólares por tonelada de minério no próximo trimestre. Este preço compreende um aumento de 90 a 100% com relação ao preço praticado nos contratos anuais vigentes até o fim de 2009 (em torno de 60 dólares).

Segundo o jornal britânico "Financial Times", esse é um movimento histórico, protagonizado, dentre outras empresas, pela Vale e pela companhia anglo-australiana BHP Billiton. A Rio Tinto ainda não assinou o contrato, mas os executivos esperam que isso aconteça em breve.

Os novos acordos assinados pelas mineradoras e siderúrgicas substitui o antigo sistema de preços vigente há 40 anos, no qual os contratos eram assinados anualmente, com os preços no curto prazo atrelados à cotação do mercado à vista. Segundo o FT, a tendência é que os preços subam novamente ainda em 2010.
 

Executivos das principais companhias disseram que os grandes produtores de aço japoneses e várias siderúrgicas chinesas já assinaram os novos contratos trimestrais. Os fabricantes europeus ainda continuam de fora dos acordos.
 

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasIndústriaMineraçãoPreçosSiderurgia e metalurgiaSiderúrgicasVale

Mais de Economia

Senado aprova em 1º turno PEC que prevê novas regras para abono salarial

Senado aprova projeto que torna o Pronampe permanente; texto vai à sanção

Câmara aprova projeto que limita crescimento real do salário mínimo a até 2,5%; texto vai ao Senado

Senado aprova primeiro projeto do pacote de cortes e limita benefícios fiscais em caso de déficit